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BC precisa analisar inflação para decidir taxa de juros, diz Tebet

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o Banco Central precisa analisar todas as questões da macroeconomia

atualizado

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Edilson Rodrigues/Agência Senado
Simone Tebet
1 de 1 Simone Tebet - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou, nesta terça-feira (16/4), que o Banco Central (BC) precisa levar em consideração a queda da inflação nas próximas reuniões para definir a taxa de juros vigente no Brasil.

Em entrevista ao programa Em Ponto, da Globonews, a ministra sugeriu que seja feita uma análise mais voltada para a inflação do que para o arcabouço fiscal no momento em que o Banco Central decide a taxa de juros nacional.

“Em relação às questões de juros, sou a favor da autonomia do Banco Central, mas o juros demoraram a começar a cair”, criticou a ministra. “A inflação está caindo e está surpreendendo positivamente. E isso tem que ser levado em consideração”, defendeu Tebet.

A ministra acrescentou que olharia “mais pela inflação do que pelo arcabouço [fiscal]”.

Ela ainda espera que “não se usem desculpas” para não analisar todo o contexto financeiro do país. Tebet reforça que todas as questões da macroeconomia precisam ser colocadas na mesa durante essa análise nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

BC aumenta taxa Selic após 4 meses de estabilidade

Concomitantemente, o BC divulgou o Relatório Focus, boletim semanal que reúne as expectativas dos economistas para os principais indicadores econômicos nacionais, com a primeira elevação da projeção básica da taxa básica de juros, a Selic, em quatro meses.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para tentar conter a inflação. Os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC elevaram de 9% para 9,13% a projeção da taxa de juros para o fim de 2024. Essa alteração ocorre depois de 16 semanas de estabilidade, ou seja, o número permaneceu em 9% desde 22 de dezembro.

Além da alteração na taxa Selic, o Banco Central aumentou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) pela nona vez seguida e a do dólar para este ano, enquanto a inflação apresentou queda em relação à semana anterior.

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