BC já recolheu mais de R$ 500 milhões em notas falsas no Brasil desde 95
O Banco Central é o responsável por analisar as cédulas que geram desconfiança
atualizado
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O Banco Central (BC) já recolheu R$ 510 milhões em notas falsas desde 1995. Os valores correspondem a 10,158 milhões de cédulas de todos os valores que chegaram até a análise da autoridade monetária.
Os dados do Departamento de Meio Circulante do BC foram analisados pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles.
A quantidade de notas falsas teve o seu pico em 2007, quando 678,9 mil cédulas foram identificadas como falsificadas pelo BC. No ano passado, foram 492,2 mil. Os dados de 2020 englobam o primeiro trimestre do ano. Caso o mesmo número se repetisse nos três seguintes, o total para o ano seria de 303 mil. O gráfico a seguir mostra a quantidade de cédulas falsas desde 1995.
Os dados vão apenas até março deste ano por conta da pandemia de coronavírus. O BC explicou que “as cédulas suspeitas de falsificação recolhidas nos últimos meses permanecem com as instituições financeiras que as retiveram, até que haja condições de segurança para a retomada desta atividade”.
Na separação por estado, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os locais com as maiores quantidades de notas falsas identificadas até hoje. O Distrito Federal é o décimo seguindo esse critério. O gráfico a seguir mostra quantas cédulas foram encontradas em cada Unidade da Federação desde 1995.
Na separação por valores, as notas de maior valor são as que mais chegam ao BC. A campeã é a de R$ 50, seguida pela de R$ 100. Ainda não há casos de nota de R$ 200 identificada como falsa porque os dados vão até março deste ano, quando ela ainda não estava em circulação.”A concentração das falsificações nos valores de cédulas mais altos deve-se, de fato, a possibilidade de maior ganho financeiro para o falsificador.”, explicou o BC. O próximo gráfico mostra a evolução ano a ano por cédula e família.