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BC: Gleisi critica Campos Neto: “Autonomia ampla é ditadura monetária”

A presidente do PT repercutiu entrevista em que Campos Neto, presidente do BC, defende a PEC que amplia a autonomia da instituição

atualizado

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A presidente do PT e membro da equipe de transição do governo Lula, Gleisi Hoffman, discursa diante de microfone no CCBB - Metrópoles
1 de 1 A presidente do PT e membro da equipe de transição do governo Lula, Gleisi Hoffman, discursa diante de microfone no CCBB - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, criticou nas redes sociais o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A petista se manifestou contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que dá autonomia financeira e administrativa ao Banco Central do Brasil (BC).

Por meio de publicação nas redes sociais, neste domingo (3/3), a deputada federal afirmou que o projeto quer “submeter o Brasil a uma ditadura monetária”.

Gleisi repercutiu a entrevista que Roberto Campos Neto, presidente do BC, concedeu ao jornal “Folha de S. Paulo”.

“É uma política monetária que segue ameaçando o país, mas a gente não vê uma linha de crítica na mídia sobre isso. Ao contrário, Folha dá espaço hoje para o Campos Neto defender ainda mais autonomia para o BC”, publicou a deputada, que ainda completou, “Querem submeter o Brasil a uma ditadura monetária.”

Segundo a parlamentar, o chefe a frente do banco “segue defendendo taxa de juros acima da realidade, contenção do crédito e ainda aponta os salários melhores como ‘risco'”.

Na entrevista à Folha de S.Paulo, Campos Neto disse que conversou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as preocupações da instituição acerca do projeto que confere ampla autonomia ao banco.

“A gente precisa entender se tem alguma coisa que incomoda (o governo) no âmbito da governança. Temos muito espaço de manobra para acertar isso. A PEC é um início de debate, um esqueleto, que pode ser aprimorada, mudada”, disse Campos Neto ao jornal.

PEC

Desde 2021 o BC encontra amparo legal para que os diretores e o seu chefe atuem sem interferência política nas decisões operacionais, incluindo o direcionamento da Selic.

Por outro lado, a autarquia depende administrativa e financeiramente do Executivo. É o governo federal quem determina a realização de concursos públicos para o BC, assim como fixa seu orçamento anual.

A proposta que está no Congresso amplia a autonomia do BC, tornando-o uma empresa pública. A PEC foi apresentada pelo presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), com o apoio de parlamentares da oposição e do presidente do BC.

 

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