Base fluvial da PF é instalada no Vale do Javari, local dos assassinatos de Dom e Bruno
Localizado no Amazonas, local foi palco, em junho do ano passado, dos assassinatos de Dom Phillips, 57 anos, e Bruno Pereira, 41
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), informou neste domingo (26/3) que uma base fluvial da Polícia Federal foi instalada no Vale do Javari, no Amazonas. O local foi palco, em junho do ano passado, dos assassinatos de Dom Phillips, 57 anos, e Bruno Pereira, 41.
“Estamos fortalecendo as operações integradas na Amazônia, a fim de proteger as nossas fronteiras e combater as organizações criminosas”, escreveu Dino no Twitter.
Base da Polícia Federal já instalada no Vale do Javari. Estamos fortalecendo as operações integradas na Amazônia, a fim de proteger as nossas fronteiras e combater as organizações criminosas. pic.twitter.com/ZDnFizznxj
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) March 26, 2023
O principal suspeito das mortes de Dom e Bruno, Rubens Villar Coelho, o “Colômbia”, foi condenado, em dezembro do ano passado, pela Justiça Federal do Amazonas, por falsidade ideológica. Os outros envolvidos também seguem presos, mas ainda não foram condenados.
São eles:
- Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo “Pelado”;
- Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Dantos”;
- Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”.
O crime
Phillips, 57, e Pereira, 41, desapareceram em 5 de junho, no fim de um curto trajeto pelo rio Itaquaí. Pereira acompanhava Phillips em viagem de reportagem para um livro sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia, mas o barco não chegou a Atalaia do Norte, conforme programado.
O desaparecimento foi comunicado às autoridades e à imprensa pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Lideranças indígenas atuaram nas buscas ao lado das autoridades.
O exame médico-legal, realizado pelos peritos da PF, indicou que a morte de Dom Phillips foi causada por traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo, com munição típica de caça. Foram identificados “múltiplos balins” (múltiplos projéteis de arma de fogo), ocasionando lesões na região abdominal e torácica. Ele foi atingido com um tiro.
A morte de Bruno Pereira foi causada, segundo os peritos, por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, “que ocasionaram lesões no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro)”.