Barroso lamenta morte de Delfim Neto: “Atuou em projetos de inclusão”
O economista tinha 96 anos e estava internado em São Paulo. Barroso divulgou nota em nome do Supremo
atualizado
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Roberto Barroso, lamentou a morte do ex-ministro da Fazenda Delfim Netto. O economista tinha 96 anos e estava internado, desde a segunda da semana passada (5/8), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Delfim atuou como ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento, além de deputado federal.
“Em nome do Supremo Tribunal Federal, manifesto pesar pela morte do economista Delfim Netto e desejo conforto aos amigos e familiares”, disse Barroso.
O presidente do STF ainda ressaltou que Delfim Netto prestou serviços ao Brasil em diferentes momentos históricos.
“Nos períodos mais recentes após a redemocratização, foi conselheiro econômico de mais de um governo e atuou em projetos de inclusão social que levaram ao desenvolvimento econômico do país”, completou o presidente do Supremo.
Delfim Netto ocupou o cargo de ministro da Fazenda entre 1967 e 1974, além de ter sido ministro do Planejamento entre 1979 e 1985 e ministro da Agricultura em 1979. Ele foi embaixador do Brasil na França de 1975 a 1977. O ex-ministro deixa uma filha e um neto.
Além de Barroso, outras autoridades lamentaram morte
Outras autoridades também manifestaram pesar pelo perda de Delfim.
“Profundo conhecedor das ciências econômicas, ocupou papel altivo na história do Brasil desde 1967, quando se tornou, aos 38 anos, o mais jovem ministro do país”, lembrou o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Em nota de pesar, o senador prestou condolências a amigos e familiares.
Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante afirmou ter recebido a notícia do falecimento com tristeza e ressaltou o respeito à atuação do ex-ministro apesar as divergências na política e no debate econômico.
“Fomos deputados no mesmo período histórico e estivemos na Comissão de Economia, espaço público em que havia um debate qualificado sobre as políticas de desenvolvimento nacional”, citou Mercadante.
O ministro do Supremo Dias Toffoli também se manifestou e lembrou a trajetória de Delfim Netto desde a origem humilde.
“Conselheiro de vários presidentes da República após a redemocratização, soube valorizar as políticas de distribuição de renda e de inclusão social. Sua atuação no período mais duro do regime militar deverá ser lembrada, mas é inegável que o Brasil perdeu hoje um de seus maiores intelectuais e pensador da nação brasileira”, afirmou em nota de pesar.
O também ministro do STF Gilmar Mendes afirmou: “De ministro do governo militar a deputado constituinte, com seguidos mandatos até 2007, Delfim soube acompanhar nossa evolução política, deixando sua marca no pensamento econômico nacional”.