Barroso confirma a Lula que participará de ato pela democracia em 8/1
Presidente do STF assegurou a Lula, durante jantar, que participará de marco pela vitória da democracia sobre tentativa de golpe em 2023
atualizado
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O ato que o Planalto prepara para próximo dia 8 de janeiro, como marco de um ano da vitória da democracia sobre a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, contará com a presença do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). A participação do magistrado foi confirmada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante jantar, na noite dessa terça-feira (19/12), na casa de Barroso.
O jantar foi promovido a pedido do chefe do Executivo e reuniu, além de Lula e a primeira-dama Rosângela Janja da Silva, os atuais magistrados do Supremo e o futuro, Flávio Dino, e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Em nota divulgada nesta quarta-feira (20/12), a Corte ressalta: “O presidente do STF mantém relação amigável com o presidente da República, embora atue com independência em relação ao governo. Durante o encontro [jantar com Lula], o ministro Barroso confirmou a Lula que estará em Brasília para participar de atos referentes ao 8 de janeiro”.
A realização do ato foi antecipada por Lula em evento com governadores no Palácio do Planalto, no último dia 12, durante anúncio de investimentos de Bancos Públicos nos estados.
“Eu pretendo ter todos os governadores aqui, os deputados, senadores, empresários. Para a gente nunca mais deixar as pessoas colocarem em dúvida que o regime democrático é a única coisa que dá certeza das instituições funcionarem e o povo ter acesso a participar da riqueza que ele produz. O restante é balela”, seguiu.
“Estou convidando todos os governadores, porque dia 8 de janeiro vamos fazer um ato aqui em Brasília para lembrar o povo que tentou se dar um golpe dia 8 de janeiro, e ele foi debelado pela democracia deste país”, declarou o petista.
O presidente se referiu ao 8 de janeiro deste ano, uma semana após a posse de Lula, quando golpistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF na tentativa de reverter o resultado das eleições de 2022, que garantiram a vitória do petista sobre o candidato à reeleição.
Atos antidemocráticos
Ao todo, 1.390 já foram denunciados no âmbito dos inquéritos que tratam dos atos antidemocráticos. Desse total, 239 pessoas são acusadas de serem as executoras do crime, enquanto 1.150 são enquadradas como incitadoras, e uma ocupante de cargo de agente público é investigada por omissão.
No total, 39 recursos são de réus por suposta participação no planejamento e com responsabilidade intelectual no ato; e outros nove são de acusados de terem participado da invasão aos prédios dos Três Poderes.