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Barros diz que contrato com Global foi “caso isolado de insucesso”

Barros diz que o valor representa “nada mais que 0,57%” do total que economizou como ministro da Saúde

atualizado

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Ricardo Barros
1 de 1 Ricardo Barros - Foto: JP Rodrigues/ Metrópoles

Em sua defesa preliminar na ação por improbidade administrativa, o deputado e líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que o contrato suspeito da Global Gestão de Saúde para fornecimento de medicamentos para doenças raras foi um “caso isolado de insucesso”. Para ele, foi, no máximo, “um risco administrativo”.

A Global é sócia da Precisa, que intermediou o contrato entre o Ministério da Saúde e o laboratório Bharat Biotech, fabricante da Covaxin. O contrato é alvo de investigação na CPI da Covid.

Durante seu período como ministro da Saude, Ricardo Barros assinou um acordo antecipado com a Global de R$ 19,9 milhões para a compra de medicamentos que não foram entregues. O Ministério Público Federal (MPF) diz que 14 paciente morreram em função da falta dos remédios, além de outras “centenas” de pacientes cujo atendimento foi prejudicado.

Barros afirma que sua gestão gerou uma economia de R$ 5 bilhões pela quebra de monopólios, entre outras ações. Ele diz que os R$ 19,9 milhões representam “nada mais do que 0,57%” do valor que economizou.

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Noradrenalina e Midazolan, que é um dos insumos em falta e com alta variação de preço, desde o início da pandemia
Deputado Luis Miranda (DEM-DF)em depoimento à CPI da Covid-19
Luis Miranda chega para depor de colete a
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Luis Miranda chega para depor de colete a

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“O gestor público não pode ser punido por renovar a administração pública, nem pode ser punido quando, em 0,57% dos casos, exsurge um problema. Isso não é improbidade administrativa, é risco administrativo”, alega Barros.

Para o MPF, há dano ao erário, violação a princípios da administração pública, e direcionamento da contratação da Global. O Ministério Público pede indisponibilidade de bens de Ricardo Barros e de outros quatro réus além da empresa, para assegurar o ressarcimento do valor. O órgão também solicita a suspensão de direitos políticos por oito anos e uma indeinização por dano moral coletivo em um total de R$ 100 milhões. O processo tramita desde 2018.

Relação com a Covaxin

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) disse, em depoimento à CPI da Covid na última sexta-feira (25/6), que, ao alertar o presidente Bolsonaro sobre suspeitas de irregularidades nas negociações da vacina Covaxin, ele teria citado o envolvimento de Barros no caso. Barros negou envolvimento no caso.

Na versão de Miranda, Bolsonaro mostrou saber da origem de um suposto esquema de corrupção na compra da vacina indiana ao citar o nome do parlamentar.

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