Barros diz não haver problemas em ser investigado pela CPI da Covid-19
O assunto surge após o relator da Comissão, Renan Calheiros, ter divulgado que incluirá Barros como um dos investigados
atualizado
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O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara, afirmou nesta quarta-feira (18/8) que não vê problema em ser investigado pela CPI da Covid-19. “Eles estão tentando conseguir as informações de uma forma que não seja simplesmente me perguntar”, minimizou. “Era tão mais fácil terem me perguntado tudo lá, mas não tem problema. Eles quebraram o meu sigilo, eu era testemunha e eu nem reclamei. Mas agora, daqui para frente, os meus advogados tratarão com a CPI”.
Em declaração no Ministério da Saúde, onde participu de reunioes, o deputado afirmou que a CPI não encontrará nada de irregular nas suas ações. “Podem procurar e nada vai ser encontrado”, assegurou.
O assunto surgiu após o relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), ter divulgado que incluirá Barros como um dos investigados do colegiado. O parlamentar é pivô das denúncias de irregularidades que envolvem as tratativas entre o governo federal e a Precisa Medicamentos pela compra da vacina indiana Covaxin.
O relator também disse que o deputado é suspeito de ter cometido outras ilicitudes em trâmites diferentes. “Será incluído como investigado pelo conjunto da obra. Temos comprovação da participação dele nas irregularidades. É, hoje, um investigado formal, tanto no caso Covaxin quanto em outros casos. Por tudo isso, nós tornamos Ricardo Barros investigado”, explicou.
Como noticiado pelo Metrópoles, apesar de ter tornado o deputado federal um investigado formal, o comando da comissão não deve ouvi-lo novamente.
Isso porque o depoimento do líder do governo à comissão irritou senadores, que entenderam como “pouco produtivas” as oitivas com parlamentares em razão do foro privilegiado, que impede a CPI de adotar medidas coercitivas.
Pelo mesmo motivo, os senadores cancelaram a acareação entre o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o ministro Onyx Lorenzoni.