“Barraqueiro”: professor acusa motorista de ônibus de homofobia em SP
À polícia, Matheus Silva relatou que foi obrigado a descer do veículo e também diz ter ouvido a frase “essa raça só sabe fazer barraco”
atualizado
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São Paulo – O professor Matheus Felipe Rezende da Silva, de 23 anos, acusa o motorista de uma empresa do transporte municipal de Sorocaba, em São Paulo, de homofobia, após ter sido agredido pelo profissional, de acordo com o boletim de ocorrência que registrou na delegacia nessa segunda-feira (11/10).
Matheus estava com o namorado quando embarcou em um ônibus, no bairro Campolim. De acordo com a reportagem do G1, o professor tinha passagem física e o companheiro possuía um código que seria validado por meio de um aplicativo. Após erro na leitura do código, no momento em que passavam pela catraca, os dois pediram ajuda ao motorista e teriam sido ofendidos.
Na denúncia, Matheus conta que ele e o namorado foram quase obrigados a descer do ônibus. No entanto, ele apresentou mais uma vez o comprovante de pagamento da passagem do namorado e eles conseguiram seguir a viagem. Até que, no meio do trajeto, o condutor parou novamente o veículo e teria exigido que saltassem do veículo.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o motorista passou a xingar o casal utilizando termos como “idiota” e “barraqueiro”. A Polícia Militar foi acionada quando o casal já estava fora do ônibus, que seguiu sem os dois. À polícia, Matheus também afirmou ter ouvido a frase “essa raça só sabe fazer barraco”.
O caso será investigado pela Polícia Civil de São Paulo como discriminação em razão de orientação sexual. Ao G1, a Urbes, empresa responsável pelo transporte público em Sorocaba, informou que “não tolera nenhum ato de discriminação”. Também disse que o caso “será apurado junto à empresa prestadora do serviço de transporte e as devidas medidas serão tomadas”.