Barragem de Brumadinho era cadastrada como de baixo risco
Documento também indicava alto potencial de dano
atualizado
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Segundo o cadastro nacional de barragens, mantido pela Agência Nacional de Águas (ANA), a barragem de Brumadinho era classificada como de baixo risco, mas alto potencial de dano. Divulgado em novembro do ano passado, o relatório não incluiu a barragem destruída entre as que possuíam notificação de risco no Brasil. As informações são do jornal O Globo.
A classificação é compartilhada por quase todas as barragens da Mina Feijão, complexo que abrigava a barragem destruída, com exceção de apenas uma, que é cadastrada como de potencial médio de dano. O documento afirma que a barragem era de pequeno porte, e tem altura de 40 metros.
Ainda segundo O Globo, o relatório registra 45 barragens em situação de risco, sendo que 10 delas estão no estado da Bahia. O documento relatou também crescimento expressivo no número de barragens no Brasil, saltando de 22920 estruturas em 2017 para 24092 em 2018.
O desastre
Uma barragem do complexo minerador da Mina Córrego do Feijão se rompeu na sexta-feira (25/1), inundando a cidade de Brumadinho (MG) com rejeitos de mineração. O acidente provocou a mobilização da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, que já confirmaram o desaparecimento de ao menos 200 pessoas. O desastre é similar ao rompimento da barragem de Mariana (MG) em 2015, que contaminou o Rio Doce e é considerado o de maior impacto ambiental da história do Brasil.