Banco Mundial confirma Weintraub como um de seus diretores-executivos
Comunicado da instituição registra que ex-ministro da Educação do Brasil ocupará cargo até fim de outubro, quando haverá nova escolha
atualizado
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Em comunicado divulgado na noite desta quinta-feira (30/7), o Banco Mundial anunciou que o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi confirmado na função de diretor-executivo na instituição.
“O Banco Mundial confirma que o Sr. Abraham Weintraub foi eleito pelo grupo de países (constituency) representando Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago para ser diretor-executivo no Conselho do banco”, assinala a nota.
“O Sr. Weintraub deve assumir seu cargo na primeira semana de agosto e cumprirá o atual mandato que termina em 31 de outubro de 2020, quando a posição será novamente aberta para eleição”, completa o texto.
Pedido de demissão
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi exonerado no dia 18 de junho, por determinação do presidente Jair Bolsonaro. A medida foi tomada pelo chefe do Executivo federal após o titular da pasta se tornar alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). O anúncio foi feito em um vídeo, com os dois lado a lado, publicado no Twitter de Weintraub.
Relembre:
Agradeço a todos de coração, em especial ao Presidente @jairbolsonaro
O melhor Presidente do Brasil!
LIBERDADE!https://t.co/zYLGh4hntI— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 18, 2020
Porém a oficialização da saída do governo só ocorreu no dia 20 de junho, após Weintraub já ter viajado para Miami (EUA).
A polêmica saída do país foi intercessão do Ministério das Relações Exteriores, conforme a pasta confirmou ao jornal Folha de S.Paulo nessa segunda-feira (27/7). Segundo a publicação, o visto foi requisitado no passaporte diplomático do ex-titular do MEC. O pedido encaminhado pelo Itamaraty à Embaixada dos Estados Unidos também informava que a missão de Weintraub no Banco Mundial se dará de 19 de junho a 31 de dezembro deste ano.
O Itamaraty informou, em nota, que o próprio Weintraub comunicou ao chanceler Ernesto Araújo que iria assumir o cargo de diretor-executivo no Banco Mundial. Por isso, o ex-ministro solicitava os “bons ofícios” das Relações Exteriores para requerer o visto.
Investigação no STF
Weintraub é investigado pelo STF no âmbito do Inquérito das Fake News por ter falado em prisão de ministros da Corte e os xingado de “vagabundos”. O ex-ministro também enfrenta outra ação, por suposta prática de racismo ao ironizar a China.