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Bancada do PSL na Câmara se cala sobre caso Bebianno

O ministro irá conversar com o presidente sobre sua situação partidária na tarde desta quinta-feira e diz que não irá pedir demissão

atualizado

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Fernando Frazão/Arquivo/Agência Brasil
Gustavo Bebianno
1 de 1 Gustavo Bebianno - Foto: Fernando Frazão/Arquivo/Agência Brasil

A bancada do PSL que reúne 54 deputados na Câmara se calou na sessão desta quinta-feira (14/2) sobre a crise no governo Bolsonaro. Mesmo questionados pelos deputados da esquerda, os parlamentares do partido do presidente Jair Bolsonaro não citaram o caso ao se pronunciar na sessão. A deputada do PSOL, Fernanda Melchionna (RS), chegou a provocar o partido. “Bebianno tem que vir à Câmara para responder os deputados que falta de vergonha é essa com relação à verba pública, com relação a essa investigação”, disse, no plenário.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) disse que Bebianno teve pouca relação com a maior parte dos deputados e que não vê relação da crise com a bancada. Ela disse que é preciso esperar o desfecho do caso.

Fontes disseram que também quase não houve comentários até o início desta tarde no famoso grupo de Whatsapp do partido sobre o caso.

Gustavo Bebianno vai falar com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesta quinta e disse estar firme no propósito de não pedir demissão. “O que chamam de inferno eu chamo de lar”, disse o secretário-geral da Presidência ao BR18.

O caso
Carlos Bolsonaro usou o Twitter para desmentir Bebianno, ao dizer ter conversado três vezes com o presidente por telefone sobre as denúncias de que o PSL colocou laranjas como candidatas para desviar dinheiro do fundo eleitoral na eleição do ano passado. À época, Bebianno presidia o PSL. A intenção do ministro com a declaração era mostrar que não havia crise instalada no governo com o caso, revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.

A postagem de Carlos sobre a “mentira absoluta” de Bebianno foi posteriormente compartilhada por Jair Bolsonaro. Ainda na noite de quarta, o presidente confirmou à RecordTV que, caso seja comprovado o envolvimento do ministro no esquema, o destino dele será “voltar às suas origens”.

Alguns poucos áudios
À Globonews, Bebianno negou ter mentido sobre os diálogos com o chefe do Executivo. “Mantive contatos com o presidente, como eu já disse. Tratamos de um assunto institucional e de um outro relacionado à viagem ao Pará. (…) Contato houve, por WhatsApp, alguns poucos áudios”, afirmou.

Bebianno disse ainda que recebeu as notícias sobre as postagens nas redes sociais com “certa tristeza e perplexidade” e não entrará na discussão com Carlos. “Enquanto ministro de Estado, vou manter a minha postura e liturgia inerente à função. Não comento esse tipo de coisa”, frisou.

Sobre a acusação de repasse a uma candidata laranja do PSL na última eleição, enquanto Bebianno era presidente do partido, o ministro negou irregularidades e afirmou que seria “humanamente impossível” saber se determinado candidato do partido teria condições de se eleger ou não.

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