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Baixada Fluminense teve 630 tiroteios este ano e 11% a mais de mortos

Para comparação, considerou-se o mesmo período em 2020. Segundo a plataforma Fogo Cruzado, Belford Roxo é apontada como cidade mais violenta

atualizado

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Rio de Janeiro – Os 11 municípios que integram a Baixada Fluminense, na região metropolitana do Rio, foram palco de 630 tiroteios no primeiro semestre deste ano, segundo a plataforma Fogo Cruzado – laboratório de dados sobre violência armada que disponibiliza informações, por meio de um aplicativo, conforme material coletado via imprensa, usuários e policiais.

De janeiro a junho, isso significa um aumento de 13% em relação ao mesmo período no ano anterior.

Os dados revelam que, em 2021, 171 pessoas morreram em trocas de tiros na região, e outras 115 ficaram feridas. Em comparação a 2020, houve aumento de 11% em relação às mortes notificadas e crescimento de 4% no que se refere à quantidade de feridos.

Nesse compilado, Belford Roxo aparece como a cidade mais violenta, com 183 situações em que houve troca de tiros, deixando 70 pessoas feridas – entre elas, 37 mortos. Em 46 confrontos, os agentes de segurança estiveram presentes.

“Quando olhamos para a letalidade das ações, a Baixada se destaca e muito. Comparado 2020 e 2021, o aumento da letalidade de chacinas, por exemplo, explodiu. E a maioria dos casos teve a presença de agentes de segurança. O número de mortos nas chacinas na Baixada Fluminense teve o maior crescimento de todas as regiões”, afirma Maria Isabel Couto, gestora de dados e porta-voz do Fogo Cruzado, em entrevista ao jornal O Dia.

Seguindo Belford Roxo, Duque de Caxias registrou 167 tiroteios, nos quais foram contabilizadas 61 pessoas baleadas e 36 mortos. Completam a lista São João de Meriti, com 79 tiroteios; Nova Iguaçu, com 75; e Mesquita, com 47 trocas de tiros informadas.

Chacinas crescem 500%

Nos seis primeiros meses do ano, o crescimento das chacinas na Baixada Fluminense foi de 500% e o número de mortos subiu 717%. A região computou 12 chacinas em 2021, uma média de duas a cada mês. Já o número de mortos chegou a 49; no mesmo período do ano anterior, foram registradas seis mortes.

As mortes de agentes de segurança também cresceram 20%. No primeiro semestre, 12 deles morreram, 20% a mais que no ano anterior. Oito policiais foram feridos à bala, 300% a mais que em 2020. Ao todo, o número de baleados cresceu 67%.

O relatório do Fogo Cruzado traz ainda as motivações dos tiroteios. Dos 630 tiroteios registrados na Baixada Fluminense, 207 tiveram os motivos identificados. A causa mais recorrente são as operações policiais, com 136 registros.

Tentativa ou consumação de homicídios aparecem em seguida, com 51 ocorrências. O terceiro motivo mais frequente dos disparos são roubos/tentativa, com 25 casos.

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