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Baile funk de Paraisópolis era realizado no mesmo local há 9 anos

Moradores da favela evitam falar em tragédia. Segundo eles, a polícia sempre chegam agressivos na comunidade

atualizado

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Yago Sales/Esp. para o Metrópoles
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1 de 1 PARAISOPOLIS-2 - Foto: Yago Sales/Esp. para o Metrópoles

A cruz de madeira fixada entre a parede e um cano no Beco do Louro é a única lembrança da tragédia que terminou com nove jovens pisoteados na madrugada de domingo (01/12/2019).

Segundo moradores ouvidos pela reportagem do Metrópoles na tarde desta segunda, pelo menos 300 pessoas ficaram encurraladas por policiais militares durante o baile da Z7 – grafia utilizada pela comunidade.

Na rua Herbert Spencer, onde ocorre o baile há nove anos, os moradores e comerciantes evitam falar da tragédia. “Aqui as pessoas têm medo, mas é necessário dizer que foi um absurdo. Foram nove vidas. Nove”, enfatiza a diarista Ana Costa (foto abaixo), 49 anos, que mora na rua do baile.

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O líder comunitário Valdemir José Trindade defende que haja um espaço para o baile, um dos poucos espaços de lazer da comunidade
Vista de Paraisópolis, em São Paulo
José Maria, presidente da União em Defesa da Moradia na comunidade, critica o modus operandi da Polícia Militar
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A diarista Ana Costa, 49 anos, que mora na rua do baile. "Aqui as pessoas têm medo".

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O líder comunitário Valdemir José Trindade defende que haja um espaço para o baile, um dos poucos espaços de lazer da comunidade

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Vista de Paraisópolis, em São Paulo

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José Maria, presidente da União em Defesa da Moradia na comunidade, critica o modus operandi da Polícia Militar

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“As pessoas conhecem aqui pela novela Paraisópolis da Globo, que acabou aumentando o preconceito aqui na comunidade. Aplicativo e táxi não vem aqui”, lembra.

José Maria (foto acima), presidente da União em Defesa da Moradia na comunidade, critica o modus operandi da Polícia Militar ao dispersar o baile. “Eles falaram que tinha uma moto. Cadê essa moto?”, indaga, antes de percorrer com a reportagem os becos por onde os jovens tentaram escapar do cerco policial.

O líder comunitário Valdemir José Trindade (foto acima) defende que haja um espaço para o baile, um dos poucos espaços de lazer da comunidade.

“É preciso defender que esses jovens precisam de divertimento”, diz. “Não é a primeira vez que a polícia age dessa maneira. Eles chegam agressivos, ameaçando com pedaços de ferro”, denuncia.

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