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Backer: água de cerveja não está contaminada, aponta laudo

Presença de monoetilenoglicol e dietilenoglicol foi encontrada apenas nos tanques de refrigeração e na bombona de metal

atualizado

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cervejaria backaer
1 de 1 cervejaria backaer - Foto: Divulgação

A água usada pela cervejaria Backer na produção de bebidas não estava contaminada pelas substâncias tóxicas dietilenoglicol e monoetilenoglicol, apontou laudo da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Concluído em 13 de janeiro, o documento foi divulgado nessa terça-feira (04/02/2020) pela própria empresa.

O laudo mostra que as substâncias não foram identificadas na primeira fase do processo produtivo, ou seja, no tanque de brassagem. O monoetilenoglicol e dietilenoglicol foram achados, segundo o documento, apenas nos tanques de refrigeração e na bombona de metal.

Em nota, a Backer explicou que o monoetilenoglicol é usado somente na parte externa dos tanques de fermentação e na maturação da cerveja — etapas posteriores ao resfriamento.

Dessa forma, a empresa alega que não houve irregularidade. Isso porque a presença dessas substâncias no sistema de refrigeração é permitido.

Procurada, a Polícia Civil não se pronunciou sobre o assunto para não atrapalhar as investigações, que estão em andamento.

Veja a íntegra da nota enviada pela Backer:

“Laudos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil e do Departamento de Química da UFMG atestam que a água utilizada pela Backer na fabricação de seus produtos não está contaminada.

Sobre o laudos da Polícia Civil, os pontos B e C são locais onde realmente fica a substância monoetilenoglicol no processo de refrigeração. Por isso o laudo da polícia está correto. Já o ponto A diz respeito a água do tanque de refrigeração de brassagem para a preparação do mosto. E, conforme o laudo da polícia, nesse item A, não foi identificada substâncias de interesse criminalístico. O laudo do Departamento de Química da UFMG, datado de 17/01/20, ou seja, seis dias após o laudo expedido pela Polícia Civil, confirma a não contaminação da água.

A Backer reforça que o monoetilenoglicol é utilizado somente na parte externa dos tanques de fermentação e maturação da cerveja, etapas que são posteriores ao resfriamento do mosto. O trocador de placas não participa desse processo.

A empresa utiliza um pré-trocador menor de água, na temperatura natural, e depois o trocador normal, que usa apenas água gelada. Com esse sistema, a cervejaria consegue resfriar o mosto sem precisar usar o líquido refrigerante ou um trocador de dois estágios. Em momento algum, a Backer usa monoetilenoglicol ou qualquer outro líquido refrigerante, que não seja a água pura, para fazer a troca térmica desse sistema.

Outra informação é que o tanque de refrigeração de brassagem contém apenas água gelada, sem contato com nenhum produto químico. Tanque de refrigeração dos tanques: sistema que leva a solução refrigerante que circunda externamente os tanques de fermentação e não tem contato com o produto final (cerveja).”

Perícia Backer Água (1) by Tácio Lorran on Scribd

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