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Bacia do Paraguai, no Pantanal, tem o menor volume de chuva desde 2000

Região enfrenta seca extrema e rios registram os menores níveis de água da história, conforme dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB)

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1 de 1 imagem colorida de rio paraguai, pantanal - Foto: Everton Pereira/Governo MS

A Bacia do Rio Paraguai, no Pantanal, chegou ao menor nível de água em 124 anos, em determinados locais, e isso está diretamente associado à redução das chuvas na região. Os índices pluviométricos apontam que o volume de precipitação registrado este ano é o menor da série histórica, iniciada em 2000.

De outubro de 2023 a setembro deste ano, foram contabilizados 702 milímetros de chuva na Bacia do Paraguai. Esse total representa um déficit de -395 mm, em relação à média que se espera para o período que é de, pelo menos, 1.097 mm. Os dados derivam do produto de estimativa de chuvas Merge, disponibilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Assim como as bacias dos rios Amazonas, Acre, Madeira e Xingu, a do Paraguai também enfrenta um contexto de seca extrema, conforme a classificação do Serviço Geológico do Brasil (SGB). A estiagem severa deste ano acometeu, simultaneamente, todo o Pantanal e a maior parte da Amazônia.

No dia 16 de outubro, a medição do nível do Rio Paraguai, em Ladário (MS), atingiu a cota de -68 cm, a menor em 124 anos. O mesmo ocorreu na estação de Porto Murtinho (MS), onde a marca chegou a 60 cm, a menor já registrada e 13 cm abaixo da cota mínima anterior, que era de mais de 50 anos atrás.

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Antes e depois de um dos pontos do Rio Paraguai, no Pantanal
Imagem aérea do Rio Paraguai, em MS
Monitoramento do nível da água na Bacia do Rio Paraguai, que vive contexto de seca severa
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Imagem aérea do Rio Paraguai, no Mato Grosso do Sul

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Antes e depois de um dos pontos do Rio Paraguai, no Pantanal

Viviane Amorim/Ibama
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Imagem aérea do Rio Paraguai, em MS

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Monitoramento do nível da água na Bacia do Rio Paraguai, que vive contexto de seca severa

Reprodução/SGB

Redução equivalente a 1 ano de chuva

O pesquisador em Geociências do SGB, Marcus Suassuna, aponta anomalias na quantidade de chuvas sobre a Bacia do Paraguai. Desde 2020, o volume tem ficado abaixo da média esperada para os períodos chuvosos. No total, a soma das perdas dos últimos cinco anos equivale a quase um ano de chuva.

Entre 2020 e 2024, houve uma perda total aproximada de 1.019 mm, ou seja, bem perto da média de 1.097 mm que se espera, anualmente, para a região. É como se, em cinco anos, deixasse de chover o correspondente a um ano inteiro.

Veja abaixo os índices pluviométricos e as reduções na Bacia do Paraguai, no Pantanal:

2020: chuva observada de 874 mm – perda de -222 mm;

2021: chuva observada de 730 mm – perda de -367 mm;

2022: chuva observa de 1.064 mm – perda de -32 mm;

2023: chuva observada de 1.094 mm – perda de -2,94 mm;

2024: chuva observa de 702 mm – perda de -395 mm.

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