Babá de Henry Borel tem celular apreendido para confirmar depoimento
Polícia suspeita que a funcionária tenha mentido nas declarações de 24 de março, quando afirmou não ter visto marcas de agressão no menino
atualizado
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Rio de Janeiro – Além da prisão de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel Medeiros, e do padrasto da criança, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, os policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca) cumpriram também mandado de busca e apreensão na casa da babá do menino, morto no último dia 8 de março.
Um celular de Thayná de Oliveira Ferreira foi apreendido, e a polícia espera comprovar que ela mentiu em depoimento prestado no último dia 24 e que sabia das agressões a Henry.
Entre os pontos contraditórios, está a informação de que a babá só “esteve na presença dos três (Jairinho, Monique e Henry), no máximo, quatro vezes, sem que passasse de duas horas em cada ocasião, mas não percebeu nada de anormal”.
No entanto, no curso das apurações, os agentes reuniram elementos que indicam controvérsias no depoimento. Segundo as diligências policiais, Thayná sabia das agressões praticadas por Dr. Jairinho – ela tinha conhecimento de ao menos uma, ocorrida em fevereiro.
Thayná foi contratada para trabalhar como babá no último dia 18 de janeiro. Perguntada pelos investigadores sobre sinais que a criança poderia ter decorrentes de agressões, ela disse que “costumava dar banho em Henry e nunca viu qualquer marca de violência no corpo do menino”, outra informação contestada pelos investigadores.
Segundo Thayná, a última vez que esteve no Condomínio Majestic, no Cidade Jardim, na Barra da Tijuca, foi em 5 de março. A babá conta que não foi trabalhar no dia 8, data da morte de Henry, pois aguardava ligação de Monique para saber se teria de ir ou não. Ela entrou em contato informando que o menino teria caído da cama.
“Você não precisa trabalhar hoje. Henry caiu da cama. Estou em choque, perdi meu bem mais precioso”, disse a babá no depoimento.
A funcionária contou também que no dia 18 de março, após o caso ser revelado pela imprensa, a irmã de Jairinho, Thalita, telefonou pedindo que ela fosse até sua casa, em Bangu, pois o “advogado de Jairo queria lhe fazer algumas perguntas”.
No depoimento, Thayná relata que chegou à casa de Thalita e, em seguida, foi levada pelo motorista, com Rosângela (empregada do casal), até o escritório do advogado (André França Barreto), no Centro.