B3 estuda exigir mulheres, negros e LGBTQIA+ na liderança de empresas
Em nova proposta, a Bolsa de Valores brasileira visa aumentar a presença de minorias na linha de frente das empresas associadas
atualizado
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A Bolsa de Valores brasileira, B3 apresentou, nesta quarta-feira (17/8), proposta para exigir que as empresas que negociam ações tenham, a partir de 2025, ao menos uma mulher e um integrante de minoria social (como pessoas pretas ou pardas, da comunidade LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência) no conselho de administração ou diretoria.
Segundo a B3, o objetivo da nova regra é aumentar a diversidade de gênero e a representatividade de grupos minorizados em cargos de alta liderança.
As companhias que não cumprirem as regras precisarão apresentar uma justificativa pública para isso, de acordo com o projeto. Caso um único membro represente as duas categorias, a exigência será atendida.
Conforme levantamento feito pela Bolsa, de 423 companhias listadas, 60% não possuem participação feminina entre os diretores estatutários. As mulheres não estão presentes no conselho de administração de 37% das empresas.
A proposta está em audiência pública. Os interessados podem enviar contribuições até 16 de setembro. A previsão é que a regra entre em vigor em 2023 e a cobrança sobre presença mínima de mulheres e minorias sociais seja feita dois anos depois.