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Aviões da FAB com brasileiros que estavam na Ucrânia chegam a Brasília

Foram resgatados 43 brasileiros, 19 ucranianos, cinco argentinos e um colombiano. Crianças e animais de estimação também voltaram ao Brasil

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Um dos resgatados da guerra da Ucrânia, vindos da Polônia, desce com as duas filhas do avião da FAB- Metrópoles
1 de 1 Um dos resgatados da guerra da Ucrânia, vindos da Polônia, desce com as duas filhas do avião da FAB- Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), um KC-390 Millennium e um VC-99B Legacy, que buscaram brasileiros e estrangeiros que fugiram da guerra na Ucrânia, chegaram a Brasília no início da tarde desta quinta-feira (10/3). Antes do pouso, os aviões foram escoltados por caças militares.

Segundo a FAB, a Operação Repatriação transportou 43 brasileiros, 19 ucranianos, cinco argentinos e um colombiano. Do total dos 68 resgatados, 16 eram crianças, sendo 12 brasileiras, três ucranianas e uma argentina. Oito cães e dois gatos também retornaram ao Brasil. Eles foram recepcionados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a primeira-dama Michelle Bolsonaro e outras autoridades do governo.

Inicialmente, apenas o KC-390 havia sido escalado para fazer o retorno dos cidadãos aos Brasil, mas o Legacy foi cedido pelo governo federal para transportar 11 passageiros, incluindo uma grávida e duas famílias com crianças de colo, uma vez que a aeronave é mais confortável.

O KC-390 pousou em Varsóvia, na Polônia, na quarta-feira (9/3), e começou o retorno ao Brasil no mesmo dia. Antes de o grupo chegar ao Distrito Federal, foram feitas escalas em Lisboa (Portugal), Cabo Verde (África) e Recife (Pernambuco). Na capital pernambucana, cinco dos 68 passageiros desembarcaram. O restante seguiu para Brasília.

Veja imagens do desembarque:

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Servidores retornam da Bolívia em avião da FAB
Michele Bolsonaro desce do avião com um cachorro que foi transportado pela FAB
Avião da FAB chega à capital federal com brasileiros e estrangeiros  transportados da Ucrânia para a Base Aérea de Brasília, nesta quinta-feira (10/3)
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Avião da FAB chega à capital federal com brasileiros e estrangeiros transportados da Ucrânia para a Base Aérea de Brasília, nesta quinta-feira

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Servidores retornam da Bolívia em avião da FAB

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Michele Bolsonaro desce do avião com um cachorro que foi transportado pela FAB

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Avião da FAB chega à capital federal com brasileiros e estrangeiros transportados da Ucrânia para a Base Aérea de Brasília, nesta quinta-feira (10/3)

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Avião da FAB chega à capital federal com brasileiros e estrangeiros transportados da Ucrânia para a Base Aérea de Brasília, nesta quinta-feira (10/3)

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Cerimônia de recepção aos brasileiros e estrangeiros transportados da Ucrânia para a Base Aérea de Brasília, nesta quinta-feira (10/3)

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Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e presidente Jair Bolsonaro

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Deputada Bia Kicis (União-DF), primeira-dama Michelle Bolsonaro e presidente Jair Bolsonaro

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Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

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O senador foi uma das autoridades presentes na cerimônia na Base Aérea de Brasília

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No voo de ida, foram levados 11,6 toneladas de medicamentos para atendimento emergencial, alimentos e itens de necessidade básica com tecnologia para funcionamento autônomo – usados em locais sem recursos e em situações extremas, como guerras e conflitos.

Recepção em Brasília e orientações

Os passageiros que desembarcam na capital federal são recepcionados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, e ministros do governo, como Walter Braga Netto (Defesa), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública) e Marcelo Queiroga (Saúde). O comandante da FAB, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, também participou da cerimônia de recepção.

Segundo o governo, os brasileiros e estrangeiros passarão por controles migratórios da Polícia Federal e serão submetidos a normas sanitárias do Ministério da Saúde.

O retorno dos cidadãos para suas respectivas cidades será organizado pelo Ministério da Infraestrutura e pela Secretaria de Aviação Civil. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) também acompanhará o processo. Além disso, o governo organizou hospedagem em Brasília para os repatriados, caso necessário.

Conflito entre Rússia e Ucrânia

Com autorização do presidente russo, Vladimir Putin, tropas militares invadiram o território ucraniano em 24 de fevereiro.

Já são 15 dias de bombardeios no país. O governo local pede a retirada imediata das tropas russas. Ainda não houve acordo. Delegações das duas nações negociam um cessar-fogo.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

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