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Avião ficou 3 semanas em oficina e foi liberado na véspera de acidente em Piracicaba

Aeronave já tinha visitado oficina em maio deste ano, voltou em agosto e foi liberada apenas no dia anterior à tragédia que matou 7 pessoas

atualizado

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Divulgação Prefeitura de Piracicaba, São Paulo
Queda de avião mata sete pessoas e prova incêndio
1 de 1 Queda de avião mata sete pessoas e prova incêndio - Foto: Divulgação Prefeitura de Piracicaba, São Paulo

O avião que pertencia ao empresário Celso Silveira Mello Filho e caiu na última terça-feira (14/9), matando 7 pessoas, ficou 21 dias no box da oficina da TAM no aeroporto de Jundiaí. Procurada pela reportagem, a TAM preferiu não entrar em detalhes sobre o que foi feito na aeronave e voltou a negar qualquer problema na hélice.

O Metrópoles confirmou, junto à empresa que administra o aeroporto, que o avião King Air, prefixo PS-CSM, pousou em Jundiaí e foi para o box onde fica a oficina da TAM no dia 27 de maio deste ano, às 14h17, e decolou às 15h55 com destino à Piracicaba.

A aeronave retornou para a oficina da empresa no dia 23 de agosto, às 10h28, onde permaneceu até o dia 13 de setembro, véspera do acidente, quando a aeronave decolou às 15h40, com destino à Piracicaba.

Além do empresário, estavam no avião a mulher dele, Maria Luiza Meneghel, os três filhos do casal, além do piloto e do copiloto. A aeronave King Air B200GT caiu em uma área de vegetação natural, na região da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec), no bairro Santa Rosa.

Amigos falam em falha na manutenção

Reportagem publicada na coluna Radar, da Revista Veja, cita que amigos de Celso Filho falavam, após o acidente, em uma falha na manutenção da aeronave. Ainda de acordo com a matéria, “um problema na troca de uma peça chamada de ‘governador de hélice’, há alguns meses, foi citado como algo que deverá ser levado aos investigadores do acidente.”

“Problema de motor”

Ainda na terça-feira (14/9), o diretor  do aeroporto de Piracicaba, Marcelo Kraide Soffner, relatou que a aeronave deixou o local por volta das 8h30.

“Teve algum problema, alguma pane, a aeronave fez a curva e veio para cá. A pane foi imediatamente depois da decolagem, deve ter dado uns segundos, porque a cabeceira [da pista de decolagem] é ali. Mas o que aconteceu será a investigação do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) que vai dizer”, afirmou.

O diretor explicou que os poucos destroços que sobraram devem ser guardados para análise. “Apesar de o pessoal do Cenipa, pelas filmagens, já ter uma noção boa do que aconteceu. Fica nítido que foi algum problema no motor. De 30 a 60 dias, eles emitem o laudo final”, disse.

Investigação da Cenipa

O Cenipa informou que acionou investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), órgão regional localizado em São Paulo, para o atendimento inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PS-CSM.

Na ação inicial, os investigadores identificam indícios, fotografam cenas, retiram partes da aeronave para análise, ouvem relatos de testemunhas e reúnem documentos. Segundo o Cenipa, não existe um tempo previsto para essa atividade terminar.

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