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Avião de Gusttavo Lima foi vendido duas vezes para investigados

Cantor Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa após investigações da Polícia Civil de Pernambuco

atualizado

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Gusttavo Lima.
1 de 1 Gusttavo Lima. - Foto: Reprodução

O cantor sertanejo Gusttavo Lima foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco suspeito de crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O indiciamento, que aconteceu no último dia 15 de setembro, se deu a partir de investigações da corporação junto a Operação Integration, que tem 53 alvos no país – incluindo a advogada e influencer digital Deolane Bezerra. 

Detalhes dos crimes foram dados pelo Fantástico na edição desse domingo (29/9). A reportagem teve acesso aos pormenores da apuração, que corre em sigilo. Entre os pontos da investigação que levaram à medida está a negociação supostamente ilegal de um avião da Balada Eventos, empresa do cantor. Entre os anos de 2023 e 2024, a aeronave foi vendida duas vezes para investigados na operação — por US$ 6 milhões e R$ 33 milhões, respectivamente.

Negociação milionária

A primeira compra foi feita pela Sports Entretenimento, que pertence a Darwin Henrique da Silva Filho, pernambucano que, segundo a polícia, é de uma família de bicheiros do Recife. Ele se desfez do avião dois meses após a compra, alegando problemas técnicos.

A polícia identificou que tanto o contrato quanto distrato foram emitidos no mesmo dia, 25 de maio de 2023. Já o laudo, que apontou a falha mecânica, foi em 29 de junho daquele ano.

O mesmo avião voltou a ser vendido no ano seguinte. Dessa vez, quem comprou foi a J.M.J Participações, do empresário José André da Rocha Neto, que também é alvo da operação.

De acordo com a polícia, a segunda venda foi realizada sem que nenhum laudo comprovasse o reparo no avião. Além disso, a transação envolveu um helicóptero que também era da empresa de Gusttavo Lima e já tinha sido comprado por outra empresa de Rocha Neto. Na negociação, o helicóptero voltou para o cantor.

Jogos de azar, do bicho e bets

As duas vendas, segundo a investigação, usaram dinheiro legal e dinheiro ilegal. Segundo o inquérito, o esquema funcionava assim: o dinheiro do jogo do bicho, de jogos de azar e de bets legalizadas iam todos para um mesmo caixa. Lá, os valores lícitos eram misturados aos do crime para dar aparência legal e voltar ao mercado limpo. Segundo a polícia, o dinheiro contaminado, foi usado na negociação das aeronaves.

“É uma forma de lavagem, transitar o dinheiro através de várias pessoas físicas ou jurídicas, buscando não facilitar o rastreamento deles”, diz Renato Rocha, delegado geral da Polícia de Pernambuco.

A defesa de Gusttavo Lima diz que os contratos foram feitos em nome das empresas com os seus representantes legais, o que afastaria a possibilidade de lavagem de dinheiro. Também alega que a análise dos policiais apresenta “falhas ao não considerar a data digital do distrato da compra de uma das aeronaves”.

Também afirmou que os registros de compra e venda das aeronaves, nas duas negociações, foram feitos sem ocultação ou dissimulação e os pagamentos, em contas bancárias normais.

A defesa de Rocha Neto alega que ele usou o helicóptero como parte de pagamento do jatinho da Balada Eventos.

Darwin Filho nega ter relação com o jogo do bicho. E quanto ao cancelamento da compra do avião do cantor sertanejo, ele disse que a transação foi lícita e regular. Segundo ele, a própria quebra de sigilo bancário confirma as informações prestadas.

Por meio dos advogados, Gusttavo Lima negou conhecer Darwin Filho.

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