1 de 1 Avião da FAB parte para a Polônia para buscar refugiados da Ucrânia - Metrópoles
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A aeronave KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira (FAB) – que fará a repatriação de 64 pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia – decolou às 15h15 desta segunda-feira (7/3), rumo à Polônia.
Segundo o Ministério da Defesa, serão repatriados 40 brasileiros, 23 ucranianos, um polonês e seis cães. O avião tem capacidade para transportar 72 pessoas além da tripulação.
Antes de pousar em Varsóvia, capital polonesa, o avião fará paradas técnicas no estado de Recife; em Cabo Verde, na África; e em Lisboa, Portugal. A previsão é que a aeronave chegue ao destino final na quarta-feira (9/3) e volte ao Brasil na quinta (10/3).
Cerca de 500 brasileiros viviam na Ucrânia, mas, desde que tropas russas invadiram o país em 24 de fevereiro, muitos estão deixando o país e se dirigindo para Varsóvia, capital polonesa – mesmo destino do avião da FAB.
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Segundo o Ministério da Defesa, serão repatriados 40 brasileiros, 23 ucranianos, um polonês e seis cães. O avião tem capacidade para transportar 72 pessoas além da tripulação
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Antes de pousar em Varsóvia, capital polonesa, o avião fará paradas técnicas no estado de Recife, em Cabo Verde, na África, e em Lisboa, Portugal
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A previsão é que a aeronave pouse na Polônia na quarta-feira (9/3) e chegue ao Brasil na quinta-feira (10/3)
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De acordo com o Ministério da Defesa, o avião também deve levar 11,6 toneladas de material de ajuda humanitária para o território ucraniano
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A carga é composta por alimentos, purificadores de água e medicamentos provenientes de doações
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Animais de estimação também poderão embarcar. Dessa forma, fica dispensada a apresentação do Certificado Veterinário Internacional (CVI) e e a apresentação da carteira de vacinação ou qualquer outra certificação sanitária durante a operação de repatriação
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Ministro Braga Netto cumprimenta tenente-brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior durante transporte de doação humanitária à Polônia
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De acordo com a FAB, aviões do mesmo modelo foram empregados para transportar doações para vítimas da explosão em Beirute, no Líbano, em 2020, e para prestar apoio às vítimas do terremoto do ano passado no Haiti.
Antes da decolagem, houve uma cerimônia de envio de duas tripulações de oito militares, na Base Aérea. Ao discursar, o ministro da Defesa, Braga Netto, disse que “o Brasil tem uma vocação acolhedora” e que a comunidade internacional sempre poderá contar com o povo brasileiro.
“Desde o início do conflito na Ucrânia, o governo brasileiro tomou medidas de socorro para cuidar da segurança dos nossos companheiros e viabilizar as condições de retorno ao Brasil”, disse o ministro.
Embarque de animais de estimação
Na semana passada, o governo informou que os repatriados poderão embarcar com seus animais de estimação. Dessa forma, fica dispensada a apresentação do Certificado Veterinário Internacional (CVI), emitido por autoridades veterinárias dos países de origem dos animais, e a apresentação da carteira de vacinação ou qualquer outra certificação sanitária durante a operação de repatriação.
Ao chegarem no Brasil, os cidadãos serão orientados pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) quanto aos procedimentos sanitários internos a serem adotados em relação aos animais.
11,6 toneladas em carga
De acordo com o Ministério da Defesa, o avião também deve levar 11,6 toneladas de material de ajuda humanitária para o território ucraniano. A carga é composta por alimentos, purificadores de água e medicamentos provenientes de doações. Veja os itens remetidos:
50 purificadores de água, de tecnologia e fabricação nacionais, com capacidade combinada para purificar cerca de 300 mil litros de água por dia;
cerca de 9 toneladas de alimentos desidratados e nutritivos, que equivalem a cerca de 360 mil refeições;
meia tonelada de insumos essenciais e itens médicos.
Além do material, o Ministério da Saúde ainda enviou um médico que prestará assistência sanitária relacionada à Covid-19, caso algum passageiro necessite.
Conflito entre Rússia e Ucrânia
Com autorização do presidente russo, Vladimir Putumaio, tropas militares invadiram o território ucraniano em 24 de fevereiro.
Já são 11 dias de bombardeios no país ucraniano. O governo local pede a retirada imediata das tropas russas do país. Ainda não houve acordo. Delegações das duas nações negociam um cessar-fogo.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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