metropoles.com

Avianca tenta vender mesas, cadeiras e armários, mas é impedida

A venda dos móveis, que daria um valor de R$ 140 mil, foi barrada pela concessionária do Aeroporto de Guarulhos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Avianca/Divulgação
aviao-a330-avianca
1 de 1 aviao-a330-avianca - Foto: Avianca/Divulgação

A Avianca, em recuperação judicial e com suas atividades completamente paralisadas, foi impedida pela concessionária do Aeroporto de Guarulhos de vender mesas, cadeiras e armários, somando um valor de R$ 140 mil. Citando uma enorme chance de que a companhia aérea não volte a voar e de que poderá ter sua falência decretada em breve, a concessionária alega que o objetivo da venda é privilegiar o pagamento de alguns credores. A concessionária lembra ainda que a companhia aérea deve R$ 27 milhões em tarifa de embarque ao aeroporto.

A percepção de agravamento da já frágil condição da Avianca veio após a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ter determinado a suspensão dos poucos voos da companhia aérea, à pedido da própria companhia aérea, alegando incapacidade de cumprir com requisitos de segurança.

Antes disso, entretanto, o cumprimento de seu plano de recuperação judicial foi interrompido pela decisão do desembargador Ricardo Negrão, do Tribunal de Justiça de São Paulo, de suspender cautelarmente o leilão para a venda dos slots (as autorizações de pouso e decolagem) da companhia.

No entanto, ainda que tivesse ocorrido, muitas eram as controvérsias quanto ao modelo de venda dos slots, pois suscitavam dúvidas à respeito de sua aprovação junto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Sob o argumento de que o modelo traria competitividade para o leilão e, por consequência, a chance de maximizar o valor arrecadado, o maior credor da Avianca, a gestora norte-americana Elliott, fechou um acordo de última hora com Gol e Latam, para que os slots fossem vendidos em sete Unidades Isoladas Produtivas.

O lance mínimo das duas companhias aéreas previsto no acordo era de R$ 140 milhões. Tal plano foi anunciado dias antes da assembleia geral de credores, surpreendendo Azul, que havia fechado com a empresa a aquisição dos slots por R$ 105 milhões. O plano foi aprovado, mas muito contestado logo depois.

A constituição de sete Unidades Produtivas Isoladas (UPIs) – figuras jurídicas que incluem ativos da empresa – esbarrou em limitações técnicas para sua aprovação no regulador, que se manifestou contra o modelo. O Cade, por sua vez, sinalizou que a aquisição dos slots por Gol e Latam criaria uma situação de concentração de mercado.

A Azul chegou a apresentar posteriormente uma nova proposta de R$ 145 milhões, retomando o modelo de uma única UPI, mas o impasse jurídico em torno do leilão, levou a companhia perder vários de seus slots. A Azul desistiu posteriormente da proposta.

Na próxima segunda-feira (10/06/2019), existe expectativa de que o Tribunal de Justiça dê o veredicto final sobre a realização ou não do leilão. Mas a essa altura, a impressão de especialistas é a de que a decretação da falência é uma questão de dias.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?