Aumento em internação de jovens em São Paulo preocupa especialistas
O grupo entre 30 e 50 anos fica, em média, de dois a cinco dias a mais na UTI. Taxa de ocupação dos leitos atingiu 72,9% na Grande São Paulo
atualizado
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Enquanto o número de pacientes com Covid-19 internados em unidades de terapia intensiva segue em alta no estado de São Paulo, uma mudança no perfil dos pacientes em UTIs chama a atenção de especialistas. De acordo com os médicos, há um aumento de internações de pessoas mais jovens, entre 30 e 50 anos.
Esse grupo fica, em média, de dois a cinco dias a mais na UTI em relação aos pacientes de Covid-19 internados nos primeiros meses de pandemia, o que trava a circulação dos poucos leitos disponíveis. Os casos parecem ser ainda mais graves, uma vez que alguns serviços registram mais pacientes nas UTIs do que nas enfermarias. As informações são da Folha de SP.
Segundo o boletim diário divulgado pelo governo estadual, até as 14h55 deste domingo (28/2), 7.173 pessoas ocupam leitos de UTI, 162 novas internações em relação a sábado (7.011 até as 14h35).
Ainda não existem dados gerais consolidados que explicam a mudança de perfil dos pacientes e da doença. Contudo, entre as hipóteses estão maior exposição ao vírus, circulação de novas variantes, demora para procurar ajuda médica e mais uso de terapêuticos de longa duração.
As taxas de ocupação dos leitos de UTI atingiram 72,9% na Grande São Paulo e 72,1% no estado. Na segunda, esses índices estavam em 67,8% e 67,9%, respectivamente.
Com o crescente índice de ocupação dos leitos, o governo paulista decidiu regredir a região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, para a fase laranja do plano estadual de quarentena, a partir de segunda-feira (1º/3), além das regiões de Campinas, Registro e Sorocaba. Já as cidades de Marília e Ribeirão Preto recuaram para a fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo.
O estado de São Paulo já registra 59.493 óbitos e 2.041.628 casos confirmados durante toda a pandemia.