MG: sobe para 5 número de cidades sem aulas após mortes de 3 crianças

Após a morte de três crianças de 3, 10 e 11 anos, em São João del-Rei (MG), cidades vizinhas, na região do Campo das Vertentes, estão suspendendo as aulas desta semana das escolas municipais. A interrupção serve para a desinfecção dos móveis e objetos, pois existem suspeitas de contaminação pela bactéria Streptococcus.

As crianças que morreram tiveram sintomas como febre e dor de garganta. Outras quatro crianças estão internadas em hospitais de São João Del-Rei com esses mesmos sintomas.

Até o momento, cinco cidades já confirmaram paralizações: São João del-Rei, Tiradentes, Santa Cruz de Minas, Ritápolis e Conceição da Barra de Minas. Outros municípios ao redor não aderiram a ação, mas acompanham os casos. Em Barbacena, a prefeitura informou estar monitorando a situação, em conjunto com equipes especializadas da Vigilância Hospitalar de Epidemiologia e Unidades de Saúde.

Em Conceição da Barra de Minas, a paralização ocorre nessa quinta e sexta-feira (26 e 27 de outubro) para desinfecção da Escola Municipal Professor Joaquim Pinto Lara. Em Ritápolis, a suspensão das aulas acontecerá apenas na sexta-feira (27/10).

Praças e outros espaços públicos também estão passando por desinfecção.

“Diante das atuais preocupações relacionadas a uma bactéria, estamos intensificando os protocolos de higiene, seguindo as práticas sanitárias que se mostraram eficazes durante o período da pandemia da Covid-19”, informou a prefeitura de Ritápolis.

Na cidade de Barroso, o Executivo informou estar retomando as medidas de distânciamento e higienização do protocolo contra o Covid-19, e aconselhou pais a não enviarem seus filhos para as escolas, em caso de sintomas. Embora a prefeitura, por meio de nota, comunicou a população que “não há registros de nenhuma criança no município com os sintomas da doença causada pela bactéria do tipo streptococcus.”

SES-MG descarta epidemia

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou não haver critérios sufucientes para classificar o ocorrido como epidemia. Em nota, a pasta ressaltou que acompanha os óbitos de perto e que amostras estão sendo analisadadas em laboratório. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Ciesvs Minas) é quem conduz às investigações do caso.

Nesta quinta-feira (26/10), secretário de estado de Saúde de Minas, Fábio Baccheretti disse que não há confirmação de que a bactéria esteja causando mortes de crianças.