Áudios indicam novos envolvidos na execução de Marielle Franco
Conversa entre o vereador Marcello Siciliano e um suspeito de integrar milícia do Rio aponta ainda Domingos Brazão como mandante
atualizado
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Áudios mostram conversa entre o vereador Marcello Siciliano (PHS) e um suspeito de envolvimento com milícias, Jorge Alberto Moreth, afirmando que o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão seria o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes. Brazão teria pagado R$ 500 mil pela execução.
Além disso, as conversas apontam outros três envolvidos no caso. Conhecido como Beto Bomba, Moreth é um dos chefes da milícia que atua em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio. A informação é do portal UOL.
Na conversa com Siciliano, Moreth indicou três homens que seriam os verdadeiros assassinos de Marielle e Anderson: Leonardo Gouveia da Silva, o Mad; Leonardo Luccas Pereira, o Leléo; e Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho. As informações têm como base uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
Matadores de aluguel
Moreth afirma que o trio teve o apoio do major da Polícia Militar (PM) Ronald Paulo Alves Pereira, que teria comandado o grupo de matadores de aluguel. Na denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) por obstrução no Caso Marielle, Raquel Dodge arrolou o miliciano como uma das testemunhas da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Para a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), os assassinos são o PM da reserva Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz. Eles também aparecem apontados como integrantes do Escritório do Crime, braço armado da milícia de Rio das Pedras. Os dois seguem presos desde março e negam participação no caso.