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Atraso: sem pagamentos, ex-funcionários protestam em hospital de Goiás

Mais de 300 trabalhadores contratados na pandemia ficaram sem receber dois meses de salário. Empresa terceirizada diz que não recebeu de OS

atualizado

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protesto hmap hospital municipal aparecida salario atrasado
1 de 1 protesto hmap hospital municipal aparecida salario atrasado - Foto: Reprodução

Goiânia – Ex-funcionários da área da saúde do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) fizeram uma manifestação em frente à unidade cobrando dois meses de pagamento que não foram recebidos. A mobilização foi nesta quarta-feira (22/6).

Segundo os manifestantes, mais de 300 profissionais contratados para trabalhar por causa da pandemia de Covid-19 ficaram sem receber, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, administrativos e a equipe multiprofissional, que inclui psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e outros.

Os ex-funcionários foram até a porta do hospital com cartazes e gritos de palavras de ordem como “queremos receber”. Alguns levaram panelas para fazer barulho.

De acordo com os manifestantes, eles ficaram sem receber os dois primeiros meses de salário, que deveriam ser pagos no fim do contrato. No entanto, os contratos dos funcionários foram suspensos em 1º de junho e esses pagamentos não foram realizados.

Terceirizados

Esses funcionários eram contratados pela empresa Carvalhos Serviços Médicos (CS Médicos), que por sua vez foi contratada pela organização social (OS) Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), que administrava o hospital municipal.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Aparecida informou que a gestão da OS IBGH foi encerrada em 31 de maio, com todos os repasses da pasta realizados pontualmente. Além disso, a secretaria afirmou que fez o repasse para quitação dos passivos trabalhistas e aguarda a prestação de contas por parte do IBGH.

Já a empresa terceirizada CS Médicos disse que a previsão de pagamento era dia 10 de junho, o que não aconteceu pois não teriam recebido os repasses do IBGH.

“Estamos com parcelas em aberto com o IBGH desde março e estávamos mantendo os pagamentos com recursos próprios, porém somos uma empresa pequena e com um caixa finito”, informou a OS em nota.

Procurada pelo Metrópoles, a assessoria de comunicação do IBGH informou que a OS não vai se manifestar. O CS Médicos enviou um documento para a reportagem em que a organização social justifica o não pagamento por não teria recebido valores previstos em aditivos.

A Secretaria de Saúde de Aparecida reafirmou que realizou todos os pagamentos.

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