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Atraso em trens da Supervia faz recém-contratado perder emprego no Rio

Jefferson Silva, de 28 anos, estava desempregado há mais de um ano. Segundo a Supervia, motivo do atraso foi o furto de cabos

atualizado

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Arquivo pessoal
Jefferson Silva
1 de 1 Jefferson Silva - Foto: Arquivo pessoal

Rio de Janeiro – Desempregado há mais de um ano, Jefferson Silva, de 28 anos, ia começar um novo trabalho na última quarta-feira (22/6). Devido ao atraso dos trens e aos protestos dos passageiros na estação do Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ele acabou sendo demitido antes mesmo de começar.

O pintor especializado em fachadas prediais chegou a gravar um vídeo na plataforma e enviar ao patrão, que visualizou, mas não respondeu. Morador de Santa Lúcia, bairro de Duque de Caxias, Jefferson acordou às 4h30 da manhã, justamente para não se atrasar.

O escritório do novo emprego fica em São Cristóvão, zona norte do Rio, e ele precisava chegar às 7h30. Quando o relógio marcou 6h40, ele avisou que iria se atrasar devido aos problemas na estação.

Neste instante, a plataforma já estava tomada por passageiros irritados que protestavam devido aos constantes atrasos. Às 7h30, o trem ainda não tinha saído do local.

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Crime aconteceu no domingo (31/7)
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a estação depredada
A confusão aconteceu na estação do Gramacho, em Duque de Caxias, na BAaixada do RJ
Passageiros fazem manifestação contra atraso nos trens da SuperVia
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Jefferson Silva, de 28 anos, perdeu o emprego devido aos atrasos nos trens da SuperVia

Arquivo pessoal
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Crime aconteceu no domingo (31/7)

Reprodução/ Redes Sociais
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Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a estação depredada

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A confusão aconteceu na estação do Gramacho, em Duque de Caxias, na BAaixada do RJ

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Passageiros fazem manifestação contra atraso nos trens da SuperVia

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A estação de Gramacho foi depredada. As cabines foram quebradas, invadidas e até um quiosque de pão de queijo foi jogado nos trilhos. A situação só foi normalizada por volta das 10h30.

Ainda na estação, Jefferson foi informado que não precisaria mais ir, já que o patrão não estaria lá.

“Eu nem consegui chegar lá. Quando foi de tarde, liguei para o patrão, mas ele disse que infelizmente a vaga já havia sido preenchida por outra pessoa”, contou o pintor ao Metrópoles.

Veja o vídeo:

Há um ano, Jefferson sobrevive fazendo bicos para sustentar a mulher e as duas filhas pequenas. A chance de começar um trabalho de carteira assinada deixou a família animada, mas novamente, o rapaz se viu desempregado.

“É muito complicado. Sou casado, tenho duas filhas, uma de 2 anos e outra de 7 meses. Estava há mais de um ano desempregado, surgiu essa oportunidade, mas infelizmente teve esse problema no trem. A gente fica triste, porque seria a forma de trazer o sustento para dentro da minha casa”, disse à reportagem.

O pintor conta que também entende o lado do patrão e tem esperança de conseguir outra oportunidade em breve.

“Não culpo o patrão, até porque ele também precisa do funcionário e passou a vaga para outro. Mas eu entendo. Deus está no controle e eu não posso parar.”

O que diz a Supervia

Em nota enviada ao Metrópoles, a Supervia lamentou os episódios de depredação do patrimônio público, “que prejudicam os próprios passageiros, colocam em risco a operação ferroviária e a integridade de colaboradores da concessionária”.

Leia a íntegra:

“O ramal Saracuruna começou a operar com intervalos ampliados devido a furtos de cabos em vários pontos do ramal, ocorridos nos últimos dias, que prejudicaram o sistema de sinalização automática. Por medida de segurança da operação e dos próprios passageiros, os trens precisam aguardar ordem de circulação.

Mas, às 7h15, a SuperVia precisou suspender a operação no trecho entre as estações Gramacho e Corte Oito e nas extensões Guapimirim e Vila Inhomirim devido à invasão de passageiros à linha férrea na estação Gramacho. Alguns jogaram objetos sobre a via. A SuperVia acionou a Polícia Militar para as providências necessárias.

A SuperVia lamenta atos como esses, de depredação do patrimônio público, que prejudicam os próprios passageiros, colocam em risco a operação ferroviária e a integridade de colaboradores da concessionária. A SuperVia mantém diálogo aberto com seus clientes através dos seus canais de comunicação.”

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