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Atrasado e menos intenso: veja como será a atuação de La Niña

Ao Metrópoles, meteorologista analisou como devem ser os impactos do fenômeno La Niña caso sua atuação seja confirmada nos próximos meses

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Chuva no centro da Capital Federal pegou os Brasilienses de surpresa Brasília DF - Metropoles
1 de 1 Chuva no centro da Capital Federal pegou os Brasilienses de surpresa Brasília DF - Metropoles - Foto: <p>Igo Estrela/Metrópoles<br /> @igoestrela</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div></p>

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê 55% de chance de ocorrência do fenômeno meteorológico La Niña entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025. Era esperado que o fenômeno começasse sua atuação ainda no primeiro semestre do ano. Com a possível chegada de La Niña para os próximos meses, a meteorologia já projeta quais podem ser os impactos.

La Niña é um fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial, afetando ventos, pressão e precipitação (chuvas).

O meteorologista Angel Domínguez Chovert, do Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais do Cerrado (Cempa) da Universidade Federal do Goiás (UFG), aponta para um La Niña de fraca intensidade, impactando pouco nas anomalias de temperatura e precipitações.

“A fase La Niña deverá ser de fraca intensidade (anomalias entre -0,5 e -1 graus Celsius) e também de curta duração (alta probabilidade de voltar à fase neutra no trimestre Março-Abril-Maio). Por tanto, a volta do La Niña e o impacto dele na circulação atmosférica (Oscilação do Sul) não deverão modificar de forma significativa as condições de tempo meteorológico sobre o Brasil”.

Mesmo sem trazer grandes impactos, Angel Domínguez elenca que está associado ao fenômeno La Niña uma diminuição das precipitações da região Sul, dimuinição das temperaturas no Sudeste, e um aumento significativo das precipitações na região Norte e Nordeste.

Em 2023, a meteorologia verificou uma anomalia positiva precipitação no Sudeste e parte do Centro-Oeste, em que houve mais chuvas do que o esperado. Porém no restante do país, as anomalias foram negativas, com poucas precipitações. De acordo com Angel Domínguez, o La Niña pode ter uma pequena contruibuição na manuntenção desses padrões.

“Uma manutenção das anomalias negativas de precipitação na região Sul, com menor quantidade de chuva do que o esperado. A permanência das anomalias positivas na região Sudeste e parte do Centro-Oeste. O La Niña pode ocasionar um precipitações no norte das regiões Norte e Nordeste”, aponta o meteorologista.

Agricultura

Segundo as previsões da meteorologia, La Niña também não deve ter um impacto forte na agricultura brasileira neste ano. No entanto, é importante considerar que o fenômeno pode causar efeitos regionais significativos. O professor Eder Stolben Moscon, da Universidade Católica de Brasília, salienta que no Sul a seca pode afetar culturas como trigo, cevada e aveia, enquanto no Nordeste, chuvas excessivas podem causar danos às plantações.

Entre os possíveis impactos de La Niña, destacam-se a redução da produtividade agrícola, especialmente em culturas como soja, milho e trigo, além de riscos para a pecuária devido à escassez de água e aumento de doenças em animais. Além disso, o professor Moscon alerta para consequências indiretas, como racionamento de água, incêndios florestais, poluição do ar, problemas de saúde e impactos no turismo rural.

“Na agricultura, essa irregularidade das chuvas pode levar a uma redução significativa da produtividade de culturas como soja, milho e trigo, especialmente no Sul do Brasil, onde a escassez de água é comum durante esses eventos. Por outro lado, no Nordeste, o excesso de chuvas pode causar inundações que danificam as plantações.”

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