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Atos golpistas: 937 pessoas seguem presas após um mês de investigação

Levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (8/2), um mês após os atos golpistas que destruíram as sedes dos Três Poderes

atualizado

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Breno Esaki/Especial Metrópoles
Vidro quebrado nas janelas do STF durante atos golpistas de 8/1/2023 - metrópoles
1 de 1 Vidro quebrado nas janelas do STF durante atos golpistas de 8/1/2023 - metrópoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

O número de extremistas presos após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro chegou a 1.398, segundo dados oficiais da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape/DF). O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (8/2), um mês após os ataques.

De acordo com a Seape, 611 homens estão presos no Centro de Detenção Provisória II, conhecido como Papuda. Há ainda 305 mulheres custodiadas na Penitenciária Feminina do DF, a Colmeia. Outras 20 pessoas foram transferidas ao 19º Batalhão de Polícia Militar e uma para carceragem do Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, em virtude de decisões judiciais.

A estimativa da Casa Civil do Distrito Federal é de que cada detido custa, em média, R$ 2.450 mensais. A projeção leva em conta despesas com alimentação, transporte, higiene, entre outras.

Além disso, 460 pessoas seguem monitoradas por tornozeleiras eletrônicas.

No dia seguinte aos ataques, em 9/1, o número de presos era 277, sendo 149 homens e 128, mulheres. Outros 1,4 mil extremistas foram retirados do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, na data, e levados à Academia da Polícia Federal.

Na semana passada, a juíza da VEP-DF, Leila Cury, encaminhou pedido à presidência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) solicitando que os presos por participação nos atos terroristas de 8 de janeiro sejam transferidos para os respectivos estados de origem.

A magistrada alegou que o sistema prisional de Brasília ficou superlotado após a chegada dos presos, detidos por invadirem e depredarem as sedes dos Três Poderes.

Audiências de custódia

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu em 20 de janeiro a análise das audiências de custódia dos presos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Ao todo, 942 dos 1.406 detidos tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva. Outros 464 vão responder em liberdade.

Os que tiveram a liberdade provisória decretada terão que seguir uma lista de restrições, como o recolhimento noturno e aos finais de semana; a proibição de sair do país e de utilizar redes sociais; a suspensão do porte de arma de fogo e do registro de colecionador de armas de fogo, tiro desportivo e caça, para quem possui.

Um mês após ataques

Há um mês, o Brasil foi surpreendido pelas cenas de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, na capital federal. Em tentativa de golpe de Estado, bolsonaristas inconformados com o resultado da eleição presidencial marcharam do Quartel-General do Exército do DF até a Esplanada dos Ministérios e destruíram prédios públicos.

Logo após os ataques, integrantes do Legislativo, Executivo e Judiciário se uniram para uma reação rápida e enérgica aos atos, classificados pelas principais autoridades da República como “terroristas”.

O prejuízo estimado pela destruição das sedes dos Três Poderes é de, pelo menos, R$ 20,7 milhões.

STF abriu sete inquéritos para investigar executores materiais, autores intelectuais, financiadores e agentes públicos que possam estar envolvidos – seja por omissão, atuação ou incitação – nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Veja fotos dos ataques:

11 imagens
Manifestantes bolsonaristas enfrentam a polícia, invadem e destroem o Congresso Nacional
Os vidros do STF foram destruídos
O Supremo Tribunal Federal foi o mais prejudicado
O plenário da Corte ficou completamente destruído
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Extremistas atacaram o Congresso Nacional

Hugo Barreto/Metrópoles
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Manifestantes bolsonaristas enfrentam a polícia, invadem e destroem o Congresso Nacional

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Os vidros do STF foram destruídos

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O Supremo Tribunal Federal foi o mais prejudicado

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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O plenário da Corte ficou completamente destruído

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Bombas de gás foram usadas pela polícia judicial para tentar conter manifestantes

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A tentativa era dar um golpe de Estado

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Extremistas invadiram o Palácio do Planalto

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Os manifestantes quebraram mobiliário da sede do Poder Executivo

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Manifestantes tomaram a Praça dos Três Poderes

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