Atos golpistas: ex-comandante da Rotam é preso na Operação Lesa Pátria
Coronel Benito Franco foi preso nesta terça-feira (18/4) em Goiânia. Segundo a PM, corporação colabora com a Justiça
atualizado
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Goiânia – O coronel e ex-comandante das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) Benito Franco acabou preso pela Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (18/4), em Goiânia. A prisão foi confirmada pela Polícia Militar e ocorreu durante mais um desdobramento da Operação Lesa Pátria.
Por meio de nota, a Polícia Militar de Goiás (PMGO) informou ao Metrópoles que acompanhou todos os atos de cumprimento do mandado de prisão e segue colaborando com a justiça.
Uma outra pessoa também foi presa, no entanto, o nome dela ainda não foi divulgado.
A 10ª fase da Operação Lesa Pátria foi deflagrada com o objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e depredados.
No total, são cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão expedidos pelo STF em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A PF informou que a Operação Lesa Pátria segue em curso, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
Benito Franco
Benito Franco tem 43 anos, é coronel da PMGO e comandante de aeronaves. Ele esteve à frente da Rotam entre 2019 e 2021. Nas redes sociais, ele informa que também é instrutor de vários cursos, como tiro defensivo, abordagens e doutrina da corporação.
Nas plataformas digitais, ele costuma de posicionar politicamente. Em sua última publicação nas redes sociais, ele compara uma fala do ministro da Justiça, Flávio Dino, a um discurso de Adolf Hitler. No fim do ano passado, ele chegou a ser denunciado após gravar vídeos ameaçando que “o ladrão não sobe a rampa”.
Nas eleições de 2022, foi candidato a deputado federal pelo Partido Liberal (PL) e obteve 10.343 votos.