Bomba no aeroporto: bolsonarista preso no Paraguai é trazido ao DF
Três brasileiros foram presos no Paraguai e encaminhados à Polícia Federal (PF), sob suspeita de participação em atos antidemocráticos
atualizado
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Os três brasileiros presos no Paraguai, nessa quinta-feira (14/9), suspeitos de envolvimento em atos antidemocráticos, foram deportados ao Brasil nesta sexta-feira (15/9). Eles embarcaram em um avião da Polícia Federal (PF) por volta das 12h e chegaram ao DF por volta das 15h30.
Um dos presos, o blogueiro e jornalista Wellington Macedo de Souza (foto em destaque), estava foragido por tentativa de atentado com bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera de Natal do ano passado.
Wellington estava foragido desde 5 de janeiro deste ano, data em que foi decretada a sua prisão preventiva. Mesmo considerado foragido da Justiça, o blogueiro tentou entrar na cerimônia de posse do presidente do Paraguai, Santiago Peña.
A empresária paulista Rieny Munhoz Marcula Teixeira foi identificada como possível financiadora dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ela teve seus bens bloqueados e teria financiado o contrato de um ônibus de Jundiaí (SP), que saiu de Campinas, com 39 pessoas, rumo à capital federal.
O terceiro deportado é o radialista Maxcione de Abreu que, segundo as autoridades do país vizinho, também tem ordem de prisão em aberto por tentativa de abolição do Estado de Direito.
Essas pessoas eram alvo de um mandado da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela PF, que mira financiadores e participantes de atos terroristas ocorridos em Brasília em dezembro de 2022 e no 8 de Janeiro.
Os alvos dos mandados de prisão são investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição; e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Os mandados de prisão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), estavam em aberto até então, após os investigados se locomoverem para o Paraguai.
As prisões ocorreram em coordenação com a Polícia Nacional e o Departamento de Migração do Paraguai, por meio de colaboração internacional entre as autoridades brasileiras e paraguaias. Também participam da ação, as chancelarias e os ministérios da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e Interior.