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Atos antidemocráticos: “Encontrei comando atordoado”, diz interventor

Ricardo Cappelli foi nomeado interventor pelo ministro da Justiça Flávio Dino para liderar resposta aos atos antidemocráticos de 8/1 no DF

atualizado

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Wey Alves/Especial Metrópoles
Ricardo Cappelli, interventor federal na segurança do Distrito Federal, dá coletiva de imprensa junto à autoridades e chefes de segurança do DF sobre manifestação bolsonarista programada para hoje. Ele segura microfone, de pé, e fala aos jornalistas- Metrópoles
1 de 1 Ricardo Cappelli, interventor federal na segurança do Distrito Federal, dá coletiva de imprensa junto à autoridades e chefes de segurança do DF sobre manifestação bolsonarista programada para hoje. Ele segura microfone, de pé, e fala aos jornalistas- Metrópoles - Foto: Wey Alves/Especial Metrópoles

O interventor da Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, contou detalhes sobre as medidas que precisou tomar para o enfrentamento dos bolsonaristas que invadiram as sedes dos Três Poderes na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), no último domingo (8/1). Os atos antidemocráticos provocaram muitos estragos.

“Reuni o comando, pedi o levantamento das tropas disponíveis, determinei que fossem todas as disponíveis e que estavam na reserva mobilizadas para o campo e convidei, determinei que todos os comandantes fossem comigo para o campo”, explicou para o Fantástico deste domingo (15/1).

“O que eu encontrei lá foi um comando atordoado.”

De acordo com o protocolo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), para manifestações com a quantidade de pessoas presentes na ocasião, seriam necessários ao menos 1.096 policiais mobilizados nas ruas. Em 8 de janeiro, porém, quando os bolsonaristas chegaram à Esplanada, apenas 365 agentes estavam presentes.

Além do maior contingente, gradis duplos teriam que ser instalados na Alameda das Bandeiras e na Avenida José Sarney, ambas em frente ao Congresso Nacional. Os bloqueios, porém, eram compostos apenas por gradis simples e poucos policiais.

“Agora é a hora de separar o joio do trigo. Os que falaram, os que foram omissos, os que foram cúmplices e aqueles que honram a Polícia Militar do Distrito Federal”, ressaltou o interventor.

“O senhor Anderson Torres assume no dia 2 [de janeiro], exonera o núcleo da segurança publica e viaja. Quem fez o planejamento? Cadê o planejamento?”, indaga Cappelli.

O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública estava em Orlando, na Flórida (EUA). Chegou ao Brasil no sábado (14/1) e se apresentou à Polícia Federal (PF) para ser preso, após ter tido mandado de prisão expedido por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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