Ato no Rio relembra 10 anos do assassinato da juíza Patrícia Acioli
Filhas da magistrada morta com 21 tiros disparados por PMs participam da homenagem promovida pela ONG Rio de Paz, em Niterói
atualizado
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Rio de Janeiro – Filhas da juíza Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros por policiais militares, participaram de ato promovido pela ONG Rio de Paz em memória aos 10 anos do crime, na árvore que abriga a placa em homenagem à magistrada, em Icaraí, Niterói, Região Metropolitana do Rio, nesta quarta-feira (11/8). Foram depositadas 21 rosas no local, em referência ao número de disparos.
A juíza foi morta em uma emboscada por investigar PMs do 7º BPM (São Gonçalo) que forjavam autos de resistências para encobrir execuções praticadas pelos agentes públicos. À época, ela era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo e foi a responsável por decretar a prisão de mais 60 PMs.
Dos 11 condenados pela morte de Patrícia, dois continuam na PM. O tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira e o tenente Daniel Santos Benitez Lopes. Como o processo de expulsão ainda não foi concluído, Cláudio recebe mensalmente R$ 39.497,40. Já Daniel ganha R$ 10.583, 05.
“Foi um crime gravíssimo, covarde, um atentado ao Estado Democrático de Direito, uma vez que atentaram contra um dos
Poderes da República. A juíza Patricia Acioli foi morta por cumprir a sua função de combater os autos de resistências forjados por PMs”, disse o presidente da ONG, Antonio Carlos Costa.
Ana Clara, de 22 anos, uma das filhas da juíza segue os passos da mãe e está na faculdade de direito.