Ato na Esplanada: artistas pediram que não haja bandeiras de partidos
Organizadores do Ato em Defesa da Terra pediram aos participantes que o movimento ocorra de forma apartidária
atualizado
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Organizadores do Ato em Defesa da Terra recomendaram aos movimentos participantes do protesto que não levem bandeiras ou faixas com alusão a partidos políticos. A manifestação está prevista para ocorrer na tarde desta quarta-feira (9/3), em frente ao Congresso Nacional, na área central de Brasília.
O ato contará com a participação de Caetano Veloso, Alessandra Negrini, Daniela Mercury e Malu Mader, entre outros. O protesto é contrário aos que os ativistas chamam de “pacote da destruição ambiental” – um conjunto de projetos de lei em pauta na Câmara dos Deputados que inclui desde alterações nas regras de distribuição de agrotóxico até a exploração e mineração de terras indígenas.
Os projetos duramente criticados pelos ambientalistas são tidos como prioritários para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que também será pressionado por outras categorias nesta tarde e ao longo da semana.
Ameaça de greve
Também nesta quarta, servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) marcaram paralisação exigindo reajuste salarial. Na quinta (10/3), servidores do Banco Central prometem parar pelo mesmo motivo. E a ameaça é de uma greve geral por tempo indeterminado a partir do dia 23.
Bolsonaro irritou o funcionalismo federal ao separar verba para corrigir perdas salariais apenas de policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários da União. Ainda não confirmou os aumentos, mas também não os descartou.
Essas e outras categorias planejam um calendário de atos e paralisações para as próximas semanas e ameaçam com greve nos moldes da de 2012, contra o governo Dilma Rousseff (PT), na qual houve longa paralisação unindo diversos sindicatos.
Determinado na intenção de conceder o aumento a categorias que compõem sua base política quando fala em privado com seus representantes, Bolsonaro mantém um discurso ambíguo em público. No início de fevereiro, disse que a “grita geral” de servidores poderia obrigar o governo a recuar.
“Se houver entendimento por parte dos demais servidores, [sei] que alguns ameaçam greve e etecetera, a gente pretende conceder a recomposição aos policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários”, disse Bolsonaro, em entrevista à TV Brasil, que é estatal. “Se não houver entendimento, a gente lamenta e deixa para o ano que vem”, completou o mandatário.