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Ato ecumênico homenageia vítimas de massacre em Suzano (SP)

Os participantes da cerimônia também deram um abraço simbólico na escola Raul Brasil. Ao todo, 10 pessoas morreram no ataque

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ato ecumênico Suzano
1 de 1 ato ecumênico Suzano - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Enviado especial a Suzano (SP) – Um ato ecumênico na manhã desta quarta-feira (20/3) homenageou as vítimas do massacre no Colégio Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), ocorrido há uma semana. No fim, os participantes deram um abraço simbólico no prédio. No dia 13 de março, dois atiradores invadiram o colégio e abriram fogo contra alunos e funcionários.

O estudante Gabriel Santos de Sousa, de 16 anos, era colega de classe de duas vítimas: Douglas Murilo Celestino e Samuel Melquíades Silva Oliveira, ambos de 16. Ele retornou à escola pela primeira vez nesta quarta-feira. “É difícil assimilar o que aconteceu. Não sei se conseguiremos voltar ao colégio como antes, perdemos amigos, conhecidos, vidas”, lamentou.

Acompanhado do pai, o técnico em abastecimento Silvio César Martins de Sousa, de 49 anos, o menino precisou ser amparado ao entrar no colégio e causou comoção entre os que observavam a cena. “Espero que ele consiga retomar a rotina, consiga voltar a sonhar e ter tranquilidade. É um trauma que jamais será esquecido, mas é preciso superar”, comentou Silvio.

O pastor evangélico Valter Oliveira fez uma oração e lamentou as perdas. “Avante, Suzano, professores, alunos e famílias. Estamos consternados sim, mas não derrotados. Vamos ter força para superar”, aconselhou, antes de fazer uma leitura bíblica.

Após a oração, houve uma forte comoção entre todos. Os participantes levantaram e se abraçaram. A quadra poliesportiva da Raul Brasil ficou tomada de gente, entre alunos, professores, funcionários e a comunidade em geral. Muitas pessoas ainda aguardavam do lado de fora do colégio.

Essa é a primeira vez que a Raul Brasil abre as portas para atendimento psicológico à comunidade. Durante a semana, professores, funcionários, alunos e pais de vítimas receberam o acompanhamento. As aulas continuam suspensas e não há uma data definida para serem retomadas.

Entenda o caso
Na quarta-feira passada (13), os ex-alunos Guilherme Taucci Medeiros, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25, executaram o massacre que deixou 10 pessoas mortas. Ao perceber a presença da polícia no local, Guilherme atirou no comparsa e depois tirou a própria vida.

Um terceiro menor, de 17 anos, foi apreendido nessa terça-feira (19), acusado de ser o mentor do crime. A Polícia Civil de São Paulo ainda investiga as circunstâncias do massacre. Falta descobrir, por exemplo, a origem da arma e o envolvimento de outras pessoas no caso.

Um novo relatório foi apresentado na última segunda-feira (18) pela polícia. Ao menos 10 novas provas que demonstram o planejamento do crime foram apresentadas. No decorrer da investigação, mais de 30 pessoas foram ouvidas como testemunhas.

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