Ato contra Doria reúne conservadores que temem Natal com comércio fechado
Ação foi divulgada por movimento ligado a deputado estadual Douglas Garcia, que propõe PL para sustar decretos de restrição de comércio
atualizado
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São Paulo – Um ato reuniu cerca de 200 pessoas na avenida Paulista na tarde desta terça-feira (8/12). Os manifestantes pediam a derrubada de decreto do governador João Doria (PSDB) que estabeleceu restrição no comércio em São Paulo, por conta da pandemia de coronavírus.
Eles se dirigiram até a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no centro-sul de São Paulo, e foram escoltados por oito policiais militares de moto. A maioria dos manifestantes era formada por pessoas de meia-idade que se recusavam a usar máscara.
A manifestação foi divulgada pelo Movimento Conservador, ligado ao deputado estadual Douglas Garcia (PTB). Garcia é o autor de projeto de decreto legislativo que pretende reverter o decreto de Doria.
No trajeto, manifestantes que lideravam a caminhada disseram inúmeras vezes que Doria quer “acabar com o Natal da família de bem, ameaçando fechar o comércio e a reunião de famílias nas festas de fim de ano”.
O governo de São Paulo, por meio do Centro de Contingência do coronavírus, recomendou que as celebrações familiares de fim de ano não reúnam mais do que 10 pessoas. Foram proibidas festas de Réveillon em estabelecimentos fechados, como bares, hotéis e restaurantes.
Os manifestantes também pedem o impeachment de João Doria por acreditarem que o governador quer “vender o Brasil para a China”.
Para frustração dos manifestantes, ao chegar na Alesp, receberam a informação de que a base governista, a maioria dos parlamentares, obstruiu a votação do PL de Garcia.
Os manifestantes permaneceram na rua, sambando ao som da Batucada Opressora, cantando “Ôôô… Eu sou conservador, Doria ditador”.