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Atletas e aliciadores viram réus por manipularem resultados na Série B

De acordo com a denúncia, aliciadores ofereciam R$ 150 mil a jogadores para que cometessem pênaltis e garantissem lucro em sites de apostas

atualizado

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1 de 1 bola de futebol - Foto: Metrópoles

A Justiça aceitou denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) contra membros de uma organização criminosa que atuou para manipular resultados de jogos de futebol profissional com o objetivo de ganhar grandes quantias em sites de apostas esportivas.

A denúncia se debruça em indícios de manipulação de ao menos três partidas do Campeonato Brasileiro de Futebol da Série B de 2022, mas há suspeitas de atuação da quadrilha em outras competições e as investigações seguem.

De acordo com a denúncia, a quadrilha tinha vários núcleos e se organizava como uma espécie de empresa, na qual alguns apostavam, outros aliciavam jogadores e outros financiavam a propina a ser paga para que eles manipulassem resultados, cometendo pênaltis ou provocando cartões, por exemplo.

A investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) identificou que o grupo criminoso teria conseguido manipular os jogos Vila Nova x Sport, Tombense x Criciúma e Sampaio Corrêa x Londrina, todos da Série B do ano passado.

A apuração foi feita pelos promotores goianos a partir de uma denúncia do presidente do Vila Nova Futebol Clube Hugo Jorge Bravo de Carvalho, que procurou o MPGO alegando que o time foi vítima do esquema ao ter atletas aliciados.

Os jogadores de futebol que se tornaram réus no processo são Marcos Vinicius Alves Barreira (Romário); Allan Godoi dos Santos; André Luís Guimarães Siqueira Júnior (André Queixo); Mateus da Silva Duarte (Mateusinho); Paulo Sérgio Marques Corrêa e Ygor de Oliveira Ferreira (Ygor Catatau).

Também se tornaram réus, da parte da organização que aliciava os atletas, Bruno Lopez de Moura (vulgo BL); Camila Silva da Motta; Ícaro Fernando Calixto dos Santos; Luís Felipe Rodrigues de Castro; Victor Yamasaki Fernandes; Zildo Peixoto Neto; Joseph Maurício de Oliveira Figueredo; e Gabriel Domingos de Moura.

A investigação

O presidente do Vila Nova apontou ao MPGO evidências da atuação ilícita do réu Bruno Lopez na manipulação dos resultados das três partidas citadas visando a beneficiar apostadores. Segundo relatou, Bruno afirmou para ele que realizara tratativas com Romário, atleta do Vila Nova, para que organizasse e providenciasse o cometimento de pênalti de sua equipe no primeiro tempo da partida que ainda seria realizada com o Sport Club Recife.

Os aliciadores abordavam os jogadores com ofertas em torno de R$ 150 mil para que eles prejudicassem seus times e manipulassem resultados. Eles receberiam um “sinal” de R$ 10 mil no momento do acerto e o resto do valor após a manipulação bem sucedida.

As defesas dos réus não foram encontradas pela reportagem, mas o espaço está aberto para que se manifestem.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), organizadora do campeonato onde teriam sido manipulados resultados, não se manifestou até o momento.

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