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Ativista da faixa “Bolsonaro genocida” volta a ser preso pela PF

Motivo para esta nova detenção do militante Rodrigo Pilha teria sido a condenação em um processo de 2014 por desacato

atualizado

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Agência PT
Rodrigo Pilha
1 de 1 Rodrigo Pilha - Foto: Agência PT

Um dos cinco militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e de esquerda que foram liberados pela Polícia Federal na tarde desta quinta-feira (18/3), depois de terem sido detidos por exibir uma faixa com a inscrição “Bolsonaro genocida”, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi novamente preso.

Rodrigo Pilha recebeu nova voz de prisão mesmo depois de já ter deixado o prédio da Superintendência da PF. O motivo para esta outra detenção teria sido a condenação em um processo de 2014 por desacato, segundo apurou o Metrópoles.

Pilha teria sido condenado a 7 meses de prisão, mas não havia sido notificado da decisão porque mudou de endereço. “Ele saiu, deu uma entrevista e de repente o delegado liga e fala: ‘Olha pode voltar aqui'”, disse o deputado federal Alencar Santana (PT-SP) ao Metrópoles.

O militante foi levado de volta à carceragem da PF e havia a possibilidade de ele ser transferido para o presídio da Papuda, mas sua defesa está agindo para vê-lo solto ainda na noite desta quinta. Ou, no máximo, que durma na sede da PF.

“Mas a questão é que uma coisa que não tinha nada com a outra. Os advogados vão tentar entrar com pedido de liberdade já que é uma pena baixa. Esperamos agora”, ressaltou Santana.

Nas redes sociais, o deputado federal Glauber Braga (PSol-RJ), confirmou as informações: “Estão usando esse fato [a condenação por desacato] para mantê-lo preso. É pura perseguição política”.

Veja:

Bandeirão em todo o país

À tarde, de acordo com parlamentares que acompanharam os ativistas, o delegado Polícia Federal que ouviu os esclarecimentos não encontrou indícios para enquadrá-los na Lei de Segurança Nacional, como havia previsto a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que efetuou a prisão.

Ao sair, os militantes chegaram a sugerir que, se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não gostou da faixa, seria o momento de levá-la a todo o Brasil.

“Se Bolsonaro não governou do bandeirão com a charge do Aroeira, que a gente se organize e faça um bandeirão desses em cada estado do país”, disse um dos ativistas, ao deixar a sede da PF.

Veja imagens:

Possível abuso de autoridade

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF também acompanhou a saída dos ativistas. Ele informou que vai acionar o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para que investigue possível abuso de autoridade por parte da Polícia Militar do Distrito Federal, ao efetuar as prisões.

Mais cedo, por meio de nota, a PM confirmou a prisão e o encaminhamento dos detidos para a PF.

“A Polícia Militar prendeu cinco homens por infringir a Lei de Segurança Nacional ao divulgar a cruz suástica associando o símbolo ao Presidente da República. O grupo foi detido, na manhã desta quinta-feira (18), quando estendia, na Praça dos 3 Poderes, a faixa chamando o Presidente de genocida ao lado do símbolo nazista. Os homens foram levados para a Delegacia da Polícia Federal”, diz nota da Polícia Militar do Distrito Federal.

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