Ativista da faixa “Bolsonaro genocida” tem prisão domiciliar negada
Motivo para a detenção do militante Rodrigo Pilha teria sido a condenação em um processo de 2014 por desacato
atualizado
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Rodrigo Pilha, um dos cinco militantes que exibiam, no dia 18 de março, uma faixa com a inscrição “Bolsonaro genocida”, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, teve o pedido de prisão domiciliar negado. Ele se encontra no Centro de Detenção Provisória II (CDP II), devido a uma condenação anterior por desacato.
A decisão do juiz Valter André de Lima Bueno Júnior, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, não aceitou pedido feito pela defesa de Pilha e referendado pelo Ministério Público para que ele deixasse a prisão e cumprisse pena em casa.
A detenção de Pilha (na foto em destaque), em um primeiro momento, veio por causa da manifestação. Ele, porém, recebeu nova voz de prisão, mesmo depois de já ter deixado o prédio da Superintendência da PF. O motivo seria a condenação em um processo de 2014 por desacato.
De acordo com o deputado federal Alencar Santana (PT-SP), que acompanha o caso de perto, “Pilha foi colocado no regime fechado, sendo que a condenação seria para o semiaberto”.
Pilha tinha sido condenado a sete meses de prisão, mas não havia sido notificado da decisão porque mudou de endereço. “Ele sai deu uma entrevista e, de repente, o delegado liga e fala: ‘Olha, pode voltar aqui’”, disse o parlamentar.
Antes, os presos na manifestação foram levados para a Polícia Federal e seriam enquadrados na Lei de Segurança Nacional. Segundo a deputada Natália Bonavides (PT-RN), o delegado descartou o enquadramento após ouvir os detidos, e devolveu os celulares dos integrantes do grupo.