Atirador de Goiânia defendia Hitler em conversas com amigo
Jovem que assassinou dois colegas e feriu quatro diz que o ditador nazista não matou judeus: “Isso é uma mentira para demonizar Hitler”
atualizado
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O adolescente, de 14 anos, que matou dois colegas e feriu outros quatro no Colégio Goyases, em Goiânia, no dia 20 de outubro, demonstrava simpatia ao nazismo em conversas com amigo pelo Skype. O rapaz, inclusive, usava o codinome Adolf em seu perfil no aplicativo, revelou a revista Veja.
Depois da tragédia na capital goiana, o pai de um dos amigos do atirador decidiu investigar as conversas do filho e se deparou com os posts sobre o ditador alemão Adolf Hitler. As mensagens foram trocadas entre os dois adolescentes de abril a outubro deste ano.
Ao ser questionado pelo colega se ele acha que Hitler estava certo, o atirador responde: “Com certeza”. Em seguida, o jovem que usou uma pistola .40 contra os estudantes recorre a informações de sites de notícias falsas e teorias da conspiração como argumentos.“Ele criou os programas sociais, os foguetes, propaganda antifumo, proibi(n)do os maus tratos com animais e fez grandes avanços na medicina”, afirma, em uma das mensagens, o autor dos disparos. Em outra, ele diz que o ditador alemão não matou judeus. “Isso é uma mentira para demonizar Hitler.”
O amigo tenta demovê-lo do apoio ao nazismo e questiona: “Então, você acha que meu pai vai deixar que eu conviva com você?”.