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Campinas: polícia apura motivo que levou atirador a matar 4 em igreja

Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, era analista de sistemas e residia em cidade vizinha, Valinhos (SP). Ele tirou a própria vida

atualizado

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1 de 1 atirador, campinas, catedral, Euler Fernando Grandolpho - Foto: Reprodução

O homem que atirou contra fiéis na Catedral Metropolitana de Campinas, no estado de São Paulo, foi identificado como Euler Fernando Grandolpho, analista de sistemas, de 49 anos. De acordo com o delegado José Henrique Ventura, o atirador não tinha passagem pela polícia. Ele abriu fogo contra os fiéis após uma missa: quatro pessoas morreram e quatro ficaram feridas. Euler foi alvejado, mas o tiro pegou na lateral de seu corpo. Então, tirou a própria vida. Não se sabe ainda, entretanto, o que motivou a sua atitude.

Segundo o delegado, o homem não portava documentos. Na mochila que carregava, não foi encontrada nenhuma carta ou qualquer pista sobre a motivação do crime. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do suspeito é de Valinhos, município do interior de São Paulo que já foi um distrito de Campinas.

De acordo com os investigadores, ele se sentou entre os fiéis e aguardou até a missa acabar para virar-se e atirar contra os presentes. Segundo o Corpo de Bombeiros, o suspeito teria utilizado um revólver e uma pistola calibre .38 para realizar os disparos. Testemunhas relataram terem ouvido ao menos 20 tiros.

O comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar (PM) de Campinas, major Augusto, disse que o atirador sabia utilizar a munição como alguém treinado. “A forma com que ele manuseava a arma indica que tinha algum tipo de treinamento”, explicou o militar. A polícia acredita que Euler tenha agido sozinho, e agora a corporação está em busca da motivação do ataque.

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Na hora do ataque, houve corre-corre, principalmente na Rua 13 de Maio, uma das mais movimentadas do comércio local
Atendimento médico a vítimas
Após ataque, vítimas são atendidas
O homem se suicidou no altar da catedral
Carteira de motorista do atirador foi encontrada no local
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Na hora do ataque, houve corre-corre, principalmente na Rua 13 de Maio, uma das mais movimentadas do comércio local

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Atendimento médico a vítimas

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Após ataque, vítimas são atendidas

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O homem se suicidou no altar da catedral

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Carteira de motorista do atirador foi encontrada no local

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Euler foi alvejado por PMs e, na sequência, teria tirado a própria vida, segundo informaram os policiais que atenderam a ocorrência

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No momento do crime, a polícia estava mobilizada para combater um roubo a banco que estava em andamento no centro da cidade. Mas, de acordo com as primeiras testemunhas ouvidas, esse ataque não tem a ver com esta ocorrência. As pessoas relataram um ato solitário contra os fiéis. A motivação do criminoso ainda não está clara.

“Foram mais de 20 tiros aqui dentro”, disse o padre Amauri Ribeiro Thomazzi, que havia acabado de celebrar a missa no momento do ataque.

Ele pediu orações para o atirador. “Ninguém pôde fazer nada. Não tem como entrar ou sair da catedral. Aos amigos, eu peço apenas que rezem pela pessoa, porque ele se matou depois da situação. Então, rezemos por ele e pelos feridos. Estou mandando a mensagem para dizer que está tudo bem”, disse o padre, que acompanha a perícia do lado de dentro da igreja.

Veja o atendimento das vítimas do ataque:

 

 

Ataque premeditado
De acordo com o major Adriano Augusto, o atirador estava em um dos bancos da igreja. Após analisar imagens internas da catedral, ele informou que o homem se levantou, atirou primeiro em direção às pessoas então sentadas logo atrás dele e, em seguida, começou a se deslocar até o altar.

O comandante do 8º Batalhão do Corpo de Bombeiros informou ainda que o atirador chegou a recarregar uma das armas e atirou contra si mesmo quando viu policiais entrando na igreja. Esses militares estavam na praça em frente à catedral e foram ao local tão logo ouviram os primeiros disparos.

A polícia acredita que o crime tenha sido premeditado, pois o atirador utilizou munição suficiente para matar as vítimas e deixou apenas uma bala para cometer suicídio.

Sobreviventes
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e dos bombeiros foram enviadas ao local por volta das 13h20. Idosos estariam entre as vítimas. Ainda não se sabe a motivação nem as circunstâncias do ato.

A informação inicial é que uma mulher de 65 anos com ferimentos na região cervical foi levada ao Hospital Mário Gatti. Outra, de 40, teve de ser encaminhada ao Hospital de Clínicas da Unicamp.

De acordo com os bombeiros, os sobreviventes passarão por cirurgia para a retirada dos projéteis que atingiram partes vitais. A Catedral de Nossa Senhora da Conceição, localizada no centro de Campinas, está cercada pelas forças de segurança da cidade.

Na hora do ataque, houve corre-corre, principalmente na Rua 13 de Maio, uma das mais movimentadas do comércio local.

Em nota, a Arquidiocese de Campinas informou ainda não saber a motivação do crime e que a catedral segue fechada para atendimento às vitimas e investigação da polícia.

 

Mais cedo, o secretário de Segurança Pública de Campinas, Luiz Augusto Baggio, que acompanha o atendimento no local, havia dito que o homem entrou na igreja atirando. “Ele entrou fatalizando as pessoas. Não sabemos a motivação, a não ser a própria loucura dele”, disse. No entanto, essa informação não foi confirmada pela PM.

Testemunhas
A gerente de uma loja de alianças que fica perto da catedral ouviu os disparos e se assustou. “Ouvimos muitos tiros, mais de 20. Ouvi, mas não estava entendendo. Só fui entender quando as pessoas entraram correndo e gritando dentro da loja”, disse Patrícia Silvério, de 40 anos.

“Vi um senhor todo ensanguentado correndo, até que uma ambulância o segurou.” Segundo ela, várias lojas das redondezas fecharam as portas e uma faixa amarela faz o isolamento do local.

Pedro Rodrigues estava dentro da catedral e viu quando o atirador entrou e fez os disparos. “Era hora do almoço e fazia uns cinco minutos que a missa tinha acabado. Ele chegou com a arma em punho e saiu atirando. Sempre pensei que a igreja era um lugar seguro”, lamentou Rodrigues.

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