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Atirador chegou à festa com tema do PT gritando: “Aqui é Bolsonaro”

Testemunhas relataram, ainda, que suspeito de iniciar os disparos não era conhecido da vítima e não havia sido convidado

atualizado

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Jorge José da Rocha Guaranho fazia parte da Polícia Penal Federal (PPH), matou e foi morto em confusão com petista em Foz do Iguaçu (PR)
1 de 1 Jorge José da Rocha Guaranho fazia parte da Polícia Penal Federal (PPH), matou e foi morto em confusão com petista em Foz do Iguaçu (PR) - Foto: Reprodução/redes sociais

Apontado como autor dos disparos que mataram o guarda municipal Marcelo Arruda, o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho (foto em destaque) teria chegado ao aniversário da vítima já com a arma de fogo em punho e aos gritos de: “Aqui é Bolsonaro”.

No momento do crime, a vítima celebrava uma festa de aniversário com o tema pró-Lula e PT. A informação é de boletim de ocorrência obtido pela CNN.

Marcelo ainda conseguiu reagir e disparou contra Jorge José.

Inicialmente, a Polícia Civil informou que o atirador, o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, tinha morrido após Marcelo revidar. Contudo, às 16h40, em coletiva de imprensa, a delegada Iane Cardoso informou que a polícia errou: o agressor estava vivo e foi levado ao hospital. Até a última atualização desta reportagem, ele encontrava-se internado.

Segundo o documento, testemunhas relataram à Polícia Civil que estavam na festa da vítima quando foram surpreendidas pela presença de Jorge. Os convidados não conheciam o policial penal.

Veja imagens da vítima durante a festa de aniversário:

5 imagens
O guarda municipal Marcelo Arruda, candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi assassinado durante sua festa de aniversário de 50 anos
Eles também vão cobrar uma posição da PGR em relação ao assassinato do petista por um policial bolsonarista
A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoas
O guarda municipal Marcelo Arruda era filiado ao PT e apoiador de Lula
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A festa tinha como tema o Partido dos Trabalhadores

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O guarda municipal Marcelo Arruda, candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi assassinado durante sua festa de aniversário de 50 anos

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Eles também vão cobrar uma posição da PGR em relação ao assassinato do petista por um policial bolsonarista

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A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoas

Reprodução/Arquivo pessoal
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O guarda municipal Marcelo Arruda era filiado ao PT e apoiador de Lula

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Conforme os depoimentos, Jorge esteve duas vezes no local. Na primeira oportunidade, ele estava acompanhado da esposa e da filha. Na ocasião, o policial teria feito uma primeira ameaça à vítima, mas decidiu deixar a festa, retornando 20 minutos depois para efetuar ao menos dois disparos.

Veja fotos do policial penal federal:

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José Jorge Guaranho é apoiador de Bolsonaro
Nas redes sociais de Guaranho, existem várias referências ao presidente Jair Bolsonaro
Segundo relatos, o policial penal teria entrado na festa gritando "mito"
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Jorge José da Rocha Guaranho faz parte da Polícia Penal Federal (PPH)

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José Jorge Guaranho é apoiador de Bolsonaro

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Nas redes sociais de Guaranho, existem várias referências ao presidente Jair Bolsonaro

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Segundo relatos, o policial penal teria entrado na festa gritando "mito"

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As testemunhas narram que Marcelo, então, sacou a arma de fogo para “revidar a injusta agressão”, tendo efetuado “vários disparos”.

Família

A vítima era casada e pai de quatro filhos, entre eles um bebê de 1 mês. Era guarda municipal havia 28 anos, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi) e tesoureiro do PT local. Nas eleições de 2020, saiu candidato a vice-prefeito de Foz pelo Partido dos Trabalhadores.

A Polícia Civil investiga o assassinato. Uma das primeiras medidas foi requisitar as imagens das câmeras de monitoramento para a diretoria da Aresfi, que se comprometeu a entregá-las. As armas foram encaminhadas para perícia.

Em nota, o PT nacional lamentou a morte de Marcelo Arruda.

“Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário”, diz a nota.

“Marcelo, não esqueceremos de você, em sua memória continuaremos na luta contra a violência, a injustiça e a intolerância. Presente, hoje e sempre!”, conclui a nota assinada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR).

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