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Ataques à política ambiental do Brasil são “frases demagógicas”, diz Bolsonaro

Presidente defendeu a atuação do governo federal na preservação do meio ambiente em reunião da cúpula do G-20

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Comemoração do Dia da Bandeira no Palácio do Planalto Foto: HUGO BARRETO/ Metrópoles
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1 de 1 Comemoração do Dia da Bandeira no Palácio do Planalto Foto: HUGO BARRETO/ Metrópoles - Foto: <p>Comemoração do Dia da Bandeira no<br /> Palácio do Planalto<br /> Foto: HUGO BARRETO/ Metrópoles</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p>

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou o tempo de fala na cúpula do G-20 realizada neste domingo (22/11) para defender a atuação do governo na preservação do meio ambiente. De acordo com ele, os ataques que a atual gestão sofre são “frases demagógicas que rebaixam o debate público e, no limite, ferem a própria causa que fingem apoiar”.

“Trabalharemos sempre para manter esse elevado nível de preservação, bem como para repelir ataques injustificados proferidos por nações menos competitivas e menos sustentáveis”, continuou.

Ele introduziu o assunto ao listar os acordos comerciais firmados ou iniciados na atual gestão, dentre os quais está o tratado com a União Europeia e o Mercosul. A aprovação, entretanto, não avançou entre os países membros da UE, que alegam baixo compromisso do Brasil na preservação do meio ambiente. “Os acordos comerciais sofrem cada vez mais influência da agenda ambiental”, disse.

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Al Gore disse a Bolsonaro que todos estão "profundamente" preocupados com a Amazônia
Al Gore disse a Bolsonaro que todos estão "profundamente" preocupados com a Amazônia
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Na fala, o presidente ainda fez uma menção às queimadas sem precedentes que ocorreram no Pantanal e os incêndios na Amazônia, mas sem reconhecer diretamente o problema. Ele disse apenas que o governo vai “continuar protegendo nossa Amazônia, nosso Pantanal e todos os nossos biomas”.

Outro ponto abordado por Bolsonaro foi a produção agrícola brasileira. “Hoje, nosso país exporta volume imenso de produtos agrícolas e pecuários sustentáveis e de qualidade. Alimentamos quase 1,5 bilhão de pessoas e garantimos a segurança alimentar de diversos países. Ressalto que essa verdadeira revolução agrícola no Brasil foi realizada utilizando apenas 8% de nossas terras. Por isso, mais de 60% de nosso território ainda se encontra preservado com vegetação nativa”, listou.

O presidente participou da cúpula virtual do G-20 do Palácio do Planalto. O evento está previsto para acabar às 12h45 e não há mais eventos oficiais na agenda. Nesse sábado (21/11), depois de discursar pela manhã na mesma reunião, ele viajou para o Amapá, estado que sofre há 2 dias com grande apagões.

Leia o discurso na íntegra o discurso do presidente:

“Primeiramente, parabenizo a Arábia Saudita por ter escolhido como tema central de sua presidência o lema “Realização das Oportunidades do Século 21 para Todos”.
Aproveito para também parabenizar os demais membros do G20 pelas oportunas iniciativas desenvolvidas ao longo do ano.
Além dos muitos instrumentos acordados, houve frutífera troca de experiências e disseminação de melhores práticas sobre diversos temas.
Destacamos o acesso universal à saúde, à educação e à economia digital, bem como a inclusão financeira de todos os cidadãos.

Senhoras e Senhores,
 
O Brasil é um país resiliente. Queremos um futuro de desenvolvimento sustentável e repleto de oportunidades para a nossa população.
Meu governo tem promovido a abertura de nossa economia, com vistas a uma maior integração do Brasil aos fluxos de comércio e investimento mundiais.
São demonstrações do nosso empenho os acordos comerciais negociados pelo MERCOSUL com a União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio, a EFTA. Também já iniciamos tratativas com a Coreia do Sul e com o Canadá.
Destaco, igualmente, os recentes acordos firmados entre o Brasil e os EUA sobre facilitação do comércio, boas práticas regulatórias e combate à corrupção.
Estamos construindo um país aberto para o mundo, disposto, não apenas a buscar novos acordos comerciais, mas também a assumir novos e maiores compromissos nas áreas do desenvolvimento e da sustentabilidade.
Ao mesmo tempo em que buscamos maior abertura econômica, estamos cientes de que os acordos comerciais sofrem cada vez mais influência da agenda ambiental.
Por isso, vamos à realidade dos fatos.
Nos últimos 40 anos, o Brasil passou da condição de importador de alimentos para o patamar de um dos maiores exportadores agrícolas do mundo.
Esse processo de transformação da agricultura brasileira resulta de décadas de inovação e desenvolvimento, incorporando grandes ganhos tecnológicos em eficiência e produtividade.
Hoje, nosso País exporta volume imenso de produtos agrícolas e pecuários sustentáveis e de qualidade. Alimentamos quase um bilhão e meio de pessoas e garantimos a segurança alimentar de diversos países.
Ressalto que essa verdadeira revolução agrícola no Brasil foi realizada utilizando apenas 8% de nossas terras. Por isso, mais de 60% de nosso território ainda se encontra preservado com vegetação nativa.
Tenho orgulho de apresentar esses números e reafirmar que trabalharemos sempre para manter esse elevado nível de preservação, bem como para repelir ataques injustificados proferidos por nações menos competitivas e menos sustentáveis.
Durante os desafiadores meses da pandemia, nossa agropecuária se manteve ativa e crescentemente produtiva. Honramos todos os nossos contratos.
Para promover o desenvolvimento sustentável, reconhecemos a contribuição do conceito de Economia Circular de Baixa Emissão de Carbono, baseada nos “4Rs”: Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Remover.
Entendemos que esforço deve ser concentrado no primeiro “R”, que é a “Redução” das emissões de carbono.  No cenário mundial, somos responsáveis por menos de 3% da emissão de carbono, mesmo sendo uma das 10 maiores economias do mundo.
Por isso, também nesse aspecto, mais uma vez tenho orgulho de dizer que o Brasil possui a matriz energética mais limpa entre os países integrantes do G20.
Mantemos o firme compromisso de continuar a preservar nosso patrimônio ambiental.
Também mantemos a determinação de buscar o desenvolvimento sustentável em sua plenitude, de forma a integrar a conservação ambiental à prosperidade econômica e social.
O que apresento aqui são fatos, e não narrativas. São dados concretos e não frases demagógicas que rebaixam o debate público e, no limite, ferem a própria causa que fingem apoiar.
O hino nacional de meu país diz que o Brasil é gigante pela própria natureza. Estejam certos de que nada mudará isso. Vamos continuar protegendo nossa Amazônia, nosso Pantanal e todos os nossos biomas.
Contem com o meu país e com o meu povo para tornar o mundo realmente mais desenvolvido e mais sustentável.
Muito obrigado.”

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