Ataques a escolas: adolescentes são apreendidos em 4 estados por ameaças
Autoridades de Minas Gerais, Amazonas, Goiás e Distrito Federal investigam postagens de adolescentes com ameaças de ataques a escolas
atualizado
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Autoridades identificaram e apreenderam 123 adolescentes que estariam divulgando ameaças de ataques a escolas de diversos estados brasileiros. As ações são uma resposta aos recentes atentados a colégios e creches pelo país.
Governos estaduais têm anunciado medidas para evitar novas tragédias e proteger alunos. Contratação de mais seguranças e psicólogos, implementação de botões de pânico e detectores de metais são algumas das ações. O monitoramento das redes sociais, usadas por suspeitos para anunciar ataques, têm se mostrado eficaz no trabalho de prevenção.
Minas Gerais
O Ministério Público de Minas Gerais identificou, nesta segunda-feira (17/4), um adolescente suspeito de divulgar, na rede social TikTok, uma “lista do massacre”, que apontava 35 cidades de seis estados que seriam atacadas no dia 20 de abril. Ao órgão, o jovem assumiu ser o autor da postagem.
Em nota, o MP informou que a postagem “a princípio, não representa perigo, não possuindo informação concreta sobre a organização de ataques”. Um computador e um celular usados pelo adolescente foram apreendidos.
Goiás
Em Goiás, a Polícia Civil autuou, desde março, 51 menores suspeitos de ameaças de atos violentos a escolas públicas ou privadas do estado. Casos foram em ação integrada entre delegacias especializadas, regionais e forças de segurança. Nesta segunda (17/4), a PC cumpriu mandados de busca e apreensão em quatro endereços distintos de Goiânia e apreendeu dois adolescentes, armas de fogo e aparelhos eletrônicos.
Amazonas
No Amazonas, 68 adolescentes foram identificados e apreendidos por ameaças contra unidades de ensino de Manaus e de 13 municípios do interior do estado. A ação foi deflagrada pelo Comitê Interinstitucional de Proteção, Monitoramento, Guarda e Segurança Escolar e do Núcleo de Inteligência e Segurança Escolar (Nise). Segundo o governo do estado, o trabalho integrado evitou 56 possíveis ocorrências nas escolas.
Brasília
Ao menos três pessoas foram presas pela Polícia Civil do Distrito Federal, nesta segunda-feira (17/4), apontadas como responsáveis por divulgar mensagens de ameaça de massacres em escolas e faculdades. Os autores se escondiam atrás de perfis falsos nas redes sociais.
Entre os suspeitos, está o aluno que escreveu ameaças no banheiro da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB). Os escritos estavam acompanhados do desenho de uma suástica, símbolo nazista.