metropoles.com

Ataque hacker derruba sites de deputados a favor do PL do Aborto

Sites de Bia Kicis, Júlia Zanatta, Greyce Elias, Ramagem, Delegado Paulo Bilynskyj e outros caíram após ataque hacker contra PL do Aborto

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Theo Saad/Metrópoles
Imagem colorida mostra manifestantes na avenida Paulista durante protesto contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra manifestantes na avenida Paulista durante protesto contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio - Metrópoles - Foto: Theo Saad/Metrópoles

Sites de deputados a favor do PL do Aborto foram derrubados neste sábado (15/6) após um possível ataque hacker. Uma conta no X, antigo Twitter, assumiu a ação: “Em apoio aos #AtosContraPL1904 estamos trabalhando para deixar sem site os deputados que disseram sim ao PL. Até o momento mais de 10 sites já foram derrubados e a lista só vai aumentar! [sic]”.

Com o ataque, Bia Kicis (PL-DF), Júlia Zanatta (PL-SC), Greyce Elias (Avante-MG), Delegado Ramagem (PL-RJ) e Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) ficaram com sites temporariamente fora do ar. O hacker mira parlamentares que têm se manifestado a favor do Projeto de Lei nº 1.904/2024, que equipara o aborto ao crime de homicídio. O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), autor da proposta, também foi alvo, posteriormente.

6 imagens
Site da deputada Greyce Elias
Site de Bia Kicis
Site do deputado Delegado Paulo Bilynskyj
Site de Júlia Zanatta
Site do Avante
1 de 6

Conta no X, antigo Twitter, assumiu derrubada

Reprodução
2 de 6

Site da deputada Greyce Elias

Reprodução
3 de 6

Site de Bia Kicis

Reprodução
4 de 6

Site do deputado Delegado Paulo Bilynskyj

Reprodução
5 de 6

Site de Júlia Zanatta

Reprodução
6 de 6

Site do Avante

Reprodução

 

O texto altera o Código Penal e estabelece a aplicação de pena de homicídio simples nos casos de aborto em fetos com mais de 22 semanas nas situações em que a gestante provoque o aborto em si mesma ou consente que outra pessoa lhe provoque. Neste caso, a pena passa de prisão, de 1 a 3 anos, para 6 a 20 anos.

Se o aborto for provocado por terceiro com ou sem o seu consentimento, a pena para quem realizar o procedimento com o consentimento da gestante passa de 1 a 4 anos para 6 a 20 anos, mesma punição para quem realizar o aborto sem consentimentos, atualmente fixada de 3 a 10 anos.

Lula chama texto de “insanidade”

Após dias de silêncio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou, neste sábado (15/6), sobre o Projeto de Lei nº 1.904/24. Para o petista, é uma “insanidade” punir a vítima com pena maior que a do criminoso.

“Eu sou contra o aborto. Entretanto, como o aborto é a realidade, a gente precisa tratar o aborto como questão de saúde pública. Eu acho que é insanidade alguém querer punir uma mulher numa pena maior do que o criminoso que fez o estupro. É no mínimo uma insanidade isso”, frisou Lula.

Esta é a primeira declaração do presidente sobre o PL do Aborto. Isso porque, na quarta-feira (12/6), a Câmara dos Deputados aprovou, “às escuras”, o requerimento de urgência do texto que equipara o aborto em fetos com mais de 22 semanas ao crime de homicídio simples.

“Sinceramente, a distância, não acompanhei o debate muito intenso no Brasil. Quando eu voltar, tomarei ciência disso. Tenho certeza que o que a gente tem na lei já garante que a gente aja de forma civilizada [nesses casos], para tratar com rigor o estuprador e para tratar com respeito à vítima. É isso que precisa ser feito”, continuou.

“Quando alguém apresenta uma proposta que a vítima tem de ser punida com mais rigor do que estuprador, ela não é séria. Sinceramente, não é séria”, criticou.

Ato em São Paulo

Aos gritos de “fora Lira, não ao PL 1.904” e de “criança não é mãe, estuprador não é pai”, cerca de 1,1 mil pessoas fecharam neste sábado uma das pistas da Avenida Paulista, em São Paulo, em frente ao Masp, para protestar contra o projeto de lei.

10 imagens
Protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio
Protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio
Protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio
Ligia Mendes, servidora pública municipal da saúde, em protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio
Protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio
1 de 10

Arthur Lira foi o principal alvo dos manifestantes

Theo Saad/Metrópoles
2 de 10

Protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio

Theo Saad/Metrópoles
3 de 10

Protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio

Theo Saad/Metrópoles
4 de 10

Protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio

Theo Saad/Metrópoles
5 de 10

Ligia Mendes, servidora pública municipal da saúde, em protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio

Theo Saad/Metrópoles
6 de 10

Protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio

Theo Saad/Metrópoles
7 de 10

Protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio

Theo Saad/Metrópoles
8 de 10

Protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio

Theo Saad/Metrópoles
9 de 10

Protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio

Theo Saad/Metrópoles
10 de 10

Letícia Freitas, 32 anos, advogada, em protesto na avenida Paulista contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que pretende equiparar as penas de aborto e homicídio

Theo Saad/Metrópoles

O ato de protesto foi organizado pela Frente Nacional Pela Legalização do Aborto, com o apoio de outras 50 instituições e coletivos, como a Rede Feminista de Ginecologistas e Obstetras, Minha Sampa, Coletivo Rua, Coletivo Juntas e Coletivo Saúde e Sexualidade, entre outros.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?