Ataque a Gaza acontecerá “muito em breve”, diz porta-voz de Israel
O anúncio foi feito pelo porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, durante coletiva neste sábado
atualizado
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O ataque à Faixa de Gaza ocorrerá “muito em breve”, de acordo com o discurso do porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, transmitido na noite deste sábado (14/10). Ele, contudo, não afirmou quando a ofensiva ocorreria, e reforçou o pedido para que civis se mudassem para o sul de Gaza.
Mais cedo, Israel havia anunciado que preparava ataques à Gaza por “ar, terra e mar”, e o Aeroporto Internacional de Aleppo, na Síria, foi bombardeado por mísseis de caças israelenses.
A expectativa é que Israel invada a parte norte da Faixa de Gaza, e a maioria das orientações se concentram na expulsão dos civis da região em questão. Hagari disse, ainda, que haveria uma tentativa de bloqueio do Hamas, para que civis não fossem para o sul de Gaza, conforme pedido por Israel.
“Nós vemos um esforço ativo do Hamas para bloquear e prevenir que a população vá para o sul”, pontuou Hagari durante uma coletiva de imprensa realizada na noite deste sábado.
Na sexta (13/10), o Exército de Israel determinou que o norte de Gaza fosse desocupado em 24 horas, o que levantou fortes possibilidades de haver uma invasão por terra de grandes proporções na região.
O prazo de desocupação acabou estendido até as 10h deste sábado (14/10), horário de Brasília. O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Avichay Adraee, que anunciou a medida, detalhou rotas pelo sul do território para a saída dos civis.
Em meio à desocupação, porém, Israel seguiu com ataques na área. Autoridades da Palestina denunciam que mísseis israelenses teriam matado civis que deixavam a região do conflito e que, entre as vítimas, havia mulheres e crianças.
O conflito na região escalou no último sábado (7/10), após um ataque do grupo Hamas. Desde então, Israel iniciou uma série de bombardeios na Faixa de Gaza. O conflito resultou, até o momento, em mais de 3 mil mortos. De acordo com as Forças de Defesa de Israel, no lado israelense são mais de 1,3 mil óbitos. O número total de palestinos mortos passa de 2 mil.