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AstraZeneca informou ao Brasil em janeiro que não usa intermediários

O documento aponta que uma diretora da empresa enviou e-mail com o alerta à Secretaria-Executiva do Ministério da Saúde e à Anvisa

atualizado

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Joaquin Gomez Sastre/NurPhoto via Getty Images
Vacina AstraZeneca
1 de 1 Vacina AstraZeneca - Foto: Joaquin Gomez Sastre/NurPhoto via Getty Images

A farmacêutica AstraZeneca já havia alertado ao governo brasileiro que não negocia vacinas por intermediários no mercado privado. A afirmação consta de um documento, datado de 29 de janeiro deste ano, que foi enviado pelo Ministério da Saúde à CPI da Covid .

De acordo com informações do G1, o documento aponta que uma diretora da empresa enviou um e-mail à Secretaria-Executiva do Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esse e-mail foi enviado após a farmacêutica ter sido informada que uma companhia em Vila Velha (ES) havia oferecido doses de vacinas ao governo brasileiro.

O e-mail em questão ressaltava: “Toda a produção da vacina AZD 1222 durante o período da pandemia é destinada exclusivamente a governos e organizações internacionais de saúde ao redor do mundo, ou seja, não há possibilidade de comercialização da vacina produzida pela AstraZeneca no mercado privado”.

O Jornal Nacional divulgou que em fevereiro deste ano o então diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Laurício Monteiro Cruz, deu aval para que um reverendo e a entidade presidida por ele negociassem 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca em nome do governo brasileiro com a empresa americana Davati.

No dia 8 de julho, Laurício foi exonerado. A medida aconteceu cinco dias após a reportagem ter ido ao ar.

Outro ponto é que em depoimento à CPI da Covid, o policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante da Davati no Brasil, informou ter participado de um jantar em fevereiro com o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, e negociado 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.

Picareta

Nesse jantar, de acordo com Dominguetti, Dias pediu propina de US$ 1 por dose de vacina. Em depoimento à CPI, o ex-diretor negou ter pedido propina, afirmando que Dominguetti é um “picareta”.

O então secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, também teria, em março deste ano, se reunido com representantes da Davati. O reverendo que recebeu aval do governo para negociar vacinas também teria participado do encontro.

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