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Associação repudia ataque de Do Val a delegado que investiga Bolsonaro

O senador da República xingou e acusou o delegado que investiga Jair Bolsonaro de “ter apontado armas na cara de crianças”

atualizado

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STF PF senador prender Moraes
1 de 1 STF PF senador prender Moraes - Foto: Metrópoles

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) repudiou veementemente as declarações do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e os ataques sofridos pelo delegado de Polícia Federal Fábio Shor. Neste domingo (14/7), Do Val expôs em duas redes sociais uma foto do delegado e fez acusações contra ele.

O senador disse que o funcionário público é “capataz” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e que Shor “tem invadido residências com mandados de busca e apreensão ilegais, apontando armas na cara de crianças, e confiscando celulares dessas crianças”.

Ainda sem provas, Do Val complementa os ataques: “Essas ações são desumanas e inaceitáveis, e estão sendo realizadas sob a falsa bandeira da Polícia Federal, quando na verdade são ordens diretas de Alexandre de Moraes, com a conivência deste delegado covarde”.

A postagem tem nove parágrafos de acusações. Diante dela, a ADPF afirmou que não vai admitir que “nenhum delegado ou delegada Federal seja covardemente atacado em decorrência da condução da investigação”.

“Os elementos informativos e provas produzidas no inquérito policial devem ser discutidos pela via adequada, ou seja, a judicial, não sendo admitida em hipótese nenhuma a personalização das críticas em redes sociais com objetivo de ferir e expor moralmente o profissional responsável pela condução do inquérito policial. Essa grave conduta pode, inclusive, colocar em risco a vida do Delegado e de sua família”, completa a associação.

A ADPF chamou as afirmações do senador de infelizes e ressaltou que “os ataques desconsideram a autonomia investigativa do delegado, que é manifestada na conclusão do inquérito, sendo esse ainda submetido à análise do Ministério Público e a uma decisão final do juízo competente, notadamente em relação as medidas cautelares”.

A entidade estuda as medidas judiciais cabíveis e se prontificou a dar o apoio necessário ao delegado Fábio Shor.

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