Associação de supermercados diz que não há perigo de desabastecimento
Greve dos caminhoneiros preocupa consumidores, mas vice-presidente da entidade afirma que movimento é pontual
atualizado
Compartilhar notícia
O vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, afirmou nesta quinta-feira (9/9) que não há risco de desabastecimento. O pronunciamento veio em meio ao bloqueio de rodovias federais por caminhoneiros apoiadores do governo Bolsonaro.
Segundo boletim divulgado às 11h desta quinta-feira (9/9) pelo Ministério da Infraestrutura, há pontos de concentração de caminhoneiros em rodovias federais de 14 estados, com interdições em cinco deles: Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
“O movimento é pontual e está em algumas localidades. Não temos nenhum indicativo de que a movimentação vai se alongar por mais de dois dias”, afirmou Mian ao R7. Em sua avaliação, o movimento “não está se firmando”.
“Estamos monitorando junto ao governo federal no sentido de identificar possíveis movimentos. Por enquanto, não corremos o risco de abastecimento. Não há necessidade de o consumidor correr para fazer estoques”, apontou.
Milan ressaltou que, mesmo com a continuação do movimento, as lojas estão “abastecidas, programadas”.
Entretanto, para a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), representante de 10,5 mil empresas que operam uma frota superior a 1 milhão de caminhões, o panorama é outro. Em nota publicada nessa quarta-feira (8/9), a entidade afirmou qu a greve pode ter “graves consequências para o abastecimento de estabelecimentos de produção e comércio”.
Na manhã desta quinta-feira (9/9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, tiveram uma reunião com caminhoneiros. O objetivo do encontro é negociar uma interrupção nos bloqueios das rodovias.